Astrônomos anunciaram um evento raro, que ocorre a cada 80 anos, vai acontecer: uma estrela morta vai explodir e se tornar uma “nova estrela” no céu da Terra, com um brilho tão forte quanto o da Estrela do Norte, chamada Polaris, que, no Brasil, pode ser vista poucos graus acima do horizonte.Segundo o jornal de notícias astronômicas Space.com, a T Coronae Borealis está localizada a 3.000 anos-luz da Terra e sua explosão vai poder ser vista a olha nu por alguns dias. Ela é uma “anã branca”, ou seja, o que restou de uma estrela que já queimou todo seu combustível. Além disso, ela faz parte de um grupo chamado “novas recorrentes”, que são estrelas que explodem e depois voltam a brilhar.Recentemente, os cientistas notaram uma queda no brilho da estrela, o que indica que a explosão está próxima. A última ocorreu há quase 80 anos, em 1946, desde então, ela tem lentamente acumulado matéria de uma companheira gigante vermelha.O próximo evento deste deve acontecer daqui 80 anos, o que torna a observação atual muito importante, porque 80 anos atrás não tínhamos tanto avanço tecnológico.“A cadência das explosões de T Cor Bor dentro de uma vida humana típica faz dele um estudo de caso único, ainda mais especial pelo fato de que não havia telescópios de raios-x ou raios gama no espaço há 80 anos — que foi a última vez que a nova entrou em erupção”, afirmou Elizabeth Hays, cientista do projeto do telescópio Fermi.Os cientistas estão monitorando essa estrela usando telescópios potentes como o Fermi, da NASA, que observa raios gama, além do Telescópio Espacial James Webb, Swift, INTEGRAL, e o Very Large Array terrestre que terão suas programações redirecionadas para observar o pico e o declínio do evento, além de outros telescópios terrestres e espaciais. Juntos, eles devem capturar o processo da nova em vários comprimentos de onda e com muitos detalhes.Para os cientistas, observar a explosão da T Coronae Borealis com tantos detalhes vai possibilitar aprender mais sobre o funcionamento das estrelas e como elas se comportam durante mudanças. Ao longo de meses, os telescópios vão continuar observando o evento.As observações depois do pico do evento vão ajudar os pesquisadores a entender como as explosões se espalham ao longo do tempo e interagem com a estrela gigante vermelha companheira. Os astrônomos também vão observar o decaimento da explosão, e quaisquer “solavancos” ao longo do caminho que podem revelar pistas sobre como a nova está interagindo com a sua estrela companheira.