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Tecnologia e Ciência
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Meninas deixam de ingressar em profissões em Ciência e Tecnologia por falta de representatividade

Em combate à exclusão, grupo da FEI reúne alunas em rodas de conversa e apoia diversidade em áreas de atuação com pouca presença feminina

Tecnologia e Ciência|Do R7

Meninas deixam de almejar carreiras científicas por não falta de representatividade
Meninas deixam de almejar carreiras científicas por não falta de representatividade Meninas deixam de almejar carreiras científicas por não falta de representatividade

Muitas vezes as mulheres enfrentam preconceitos e vieses ideológicos no seu acesso e na sua permanência em carreiras voltadas para a inovação. As meninas deixam de almejar profissões em Ciência e Tecnologia justamente por não terem representação feminina nesses setores, de acordo com uma pesquisa da consultoria PwC. 

O estudo revela que somente 22% das estudantes de cursos de tecnologia conhecem alguma mulher trabalhando no setor e ao serem perguntadas sobre profissionais homens, mais de 75% delas sabiam citar algum nome.

"Há muitas mulheres e meninas que desistem de cursar Engenharia por não se sentirem apoiadas ou representadas. Contribui para isso o fato de as mulheres terem pouca visibilidade de outras no campo das Exatas e da Tecnologia", conta a estudante de sétimo semestre de Engenharia Elétrica da FEI Rafaella Zeron.

“Há uma imensa desigualdade, e grupos como o FEIanas SciTech nos inspiram a pensar a questão e inspirar outras mulheres em suas jornadas pessoais contra preconceitos e, inclusive, assédios, que podem ser diários para algumas”, conclui.

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Ela faz parte do movimento FEIanas SciTech, grupo que reune mulheres de todos os cursos da faculdade, em que compartilham os desafios encontrados em sua área de atuação. O projeto também tem o objetivo de apoiar a diversidade e a inclusão feminina em áreas de atuação em que estão pouco presentes.

De acordo com uma estimativa da UNESCO, apenas 30% dos cientistas em atuação no mundo são mulheres. Além disso, elas são 35% dos estudantes matriculados em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática, áreas nas quais os homens chegam a assinar mais de 75% dos novos estudos.

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Apesar das dificuldades encontradas, no Brasil, houve um crescimento da partiipação femininas em áreas de atuações que antes eram praticamente invisíveis. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, entre 2017 e 2019, houve aumento de 3,6% na quantidade de profissionais mulheres em trabalhos ligados à Engenharia, de 38% em Ciências Físicas e Naturais e de 4,5% em carreiras ligadas à tecnologia da informação.

Entretanto, para a professora e pesquisadora Marcilei Guazzelli, do departamento de Física da FEI, esses são avanços tímidos. 

"A mulheres têm se unido cada vez mais para conquistar espaços e equidade. Porém, necessitamos atrair mais delas para os campos técnicos e científicos, onde inovação e profissionais qualificados estão em alta demanda. A diversidade, em todas as áreas e profissões, contribui para o crescimento e enriquecimento de ideias, atitudes criativas e conquistas”, aponta a docente", explica.

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