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Pais devem acompanhar as atividades das crianças na web, diz especialista

Grandes sites tecnológicos têm se unido para combater a pedofilia na internet

Tecnologia e Ciência|Do R7*

Os pais devem ter atenção redobrada sobre como seus filhos têm usado a internet
Os pais devem ter atenção redobrada sobre como seus filhos têm usado a internet Os pais devem ter atenção redobrada sobre como seus filhos têm usado a internet

No início do mês de agosto deste ano, o Google ajudou a polícia americana a capturar um pedófilo que utilizava o Gmail para enviar e receber fotos explícitas de crianças. Por meio de um software interno que realizava o escaneamento de arquivos recebidos pelos usuários, a empresa conseguiu reunir provas do crime de pedofilia e entregar o internauta para as autoridades.

No Brasil, um pedófilo foi preso nesta quinta-feira (28) no Rio de Janeiro após aliciar ao menos 15 jovens e crianças por meio de redes sociais, como Facebook e WhatsApp, para produção de vídeos e fotografias de pornografia.

Tudo isso prova uma coisa: a atenção dos pais com a relação entre crianças e tecnologia deve ser redobrada.

Sergio Ferreira do Amaral, professor doutor da Unicamp e especialista em tecnologias inovadoras aplicadas à educação, diz que a pedofilia deve ser combatida como um crime na internet.

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— A pedofilia é um crime grave e deve ser tratada da mesma forma na internet. Caso um internauta veja um blog ou um perfil em redes sociais que compartilha ou incita pedofilia, a pessoa deve primeiramente acionar as autoridades, e depois fazer uma denúncia do perfil.

A denúncia de pedofilia na internet pode ser feita no site oficial da Polícia Federal, acessando Denúncias na seção Fale Conosco. É necessário determinar se a sua declaração será sobre racismo, pedofilia, genocídio ou tráfico de pessoas, e publicar qual é a página na internet que está cometendo o crime.

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Ação

Os pedófilos na internet possuem uma maneira de agir bastante parecida com a vida real. Geralmente eles possuem alvos específicos, e começam a se aproximar da criança ou adolescente por meio de vínculos emocionais.

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Especialista lembra que a internet não é terra de ninguém
Especialista lembra que a internet não é terra de ninguém Especialista lembra que a internet não é terra de ninguém

— O pedófilo começa a se aproximar da vítima procurando assuntos em comum e gostos parecidos. Além disso, crianças e adolescentes utilizam as redes sociais para conversar com os amigos e muitas vezes possuem questões não resolvidas de autoestima. O pedófilo pode ser aproveitar disso.

Após conquistar a confiança da criança, é provável que ele comece a “dar o bote”: pedir fotos e vídeos, tentar marcar encontros, trocar mensagens de cunho sexual, entre outros.

A internet, entretanto, não é terra de ninguém. Tudo que é feito tem um rastreio e pode ser encontrado, mesmo que a pessoa tente apagar. Sergio Ferreira do Amaral reforça que somente essa informação já seria poderosa o suficiente para que um criminoso tivesse medo de usar a internet para praticar a pedofilia.

— Mesmo que o usuário tente apagar todos os seus dados na internet, ainda é possível rastrear o caminho dele por toda a internet, principalmente nos sites mais utilizados, como o Google e o Facebook.

O Google diz ter uma espécie de software que internet que consegue analisar documentos suspeitos e mandar alertas quando se trata de alguma violação aos direitos humanos, como a pedofilia. Já um porta-voz do Facebook disse que a infraestrutura de denúncias inclui uma equipe treinada que atua 24 horas por dia, 7 dias por semana, para analisar o conteúdo, priorizar as denúncias mais urgentes e encaminhá-las às autoridades policiais proativamente se necessário.

E os pais?

Segundo Amaral, a navegação de jovens e crianças costuma acontecer sem a orientação dos pais. Às vezes, eles podem achar que a criança está apenas jogando alguma coisa, quando na verdade estão acessando redes sociais sem supervisão da família.

Descubra como evitar ações de pedófilos nas redes sociais

— É necessário que os pais façam um acompanhamento das atividades das crianças na internet. Isso é possível instalando extensões nos navegadores que limitam o acesso à internet a determinados sites, por exemplo, ou então configurando o próprio roteador de Wi-Fi para que um IP não consiga entrar em algumas páginas. A segunda opção acaba sendo menos invasiva.

Por isso, o combate à pedofilia na web não deve ser feito por meio de uma só frente. As autoridades, os sites e os pais devem tomar precauções para que este crime não ganhe mais força na internet e não crie ainda mais vítimas inocentes.

Confira a matéria de como a Polícia Federal tem atuado para combater a pornografia infantil na internet:

* Colaborou Isabella Santoro, estagiária do R7

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