Satélite desenvolvido pela Universidade do MA passa por último teste antes do lançamento
Chamado de Aldebaran-I, equipamento vai auxiliar na busca e salvamento de embarcações
Tecnologia e Ciência|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

O nanossatélite brasileiro Aldebaran-I passou pelo último teste ambiental antes do lançamento. Criado no Labesse (Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados Espaciais) da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), o equipamento tem como missão principal servir como prova de conceito — um modelo prático que testa a viabilidade de uma ideia — para localização e salvamento de pequenas embarcações em situações de emergência no mar. Além disso, o Aldebaran-I possui uma ação secundária voltada à prevenção de queimadas, em um trabalho conjunto com plataformas de coleta de dados ambientais. A previsão para o lançamento é em março deste ano.
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O projeto é resultado de uma parceria entre os pesquisadores e a AEB (Agência Espacial Brasileira), responsável por formular, coordenar e executar a política espacial brasileira. Segundo o coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Felipe Fraga, o último teste marca um passo importante para o projeto e para o lançamento de mais um satélite nacional. “O Aldebaran-I terá uma aplicação crucial na busca e resgate de pequenas embarcações, atendendo a uma necessidade real da comunidade maranhense”, explicou Fraga.

O teste aconteceu na quarta-feira (15), no Laboratório de Integração e Testes do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos (SP). Na ocasião, o nanossatélite foi submetido ao teste de vibração, uma etapa obrigatória para garantir que o satélite possa resistir às condições extremas do lançamento. O coordenador geral e professor da UFMA, Carlos Brito, ressaltou a importância do projeto.
“Além de sua importância tecnológica e social, este projeto beneficiou a capacitação dos nossos alunos de Engenharia Aeroespacial. Especificamente, contamos com a dedicação e esforço desses estudantes, que, sem a participação deles, não teríamos avançado. Agora, nossa expectativa é que ocorra tudo certo com o lançamento e a equipe receba os primeiros dados após sua entrada em órbita da nossa estação terrestre”, disse.
*Com informações da Agência Gov