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Smartphone, tablet e computador podem afetar a saúde dos olhos

Telas diminuem a frequência com que uma pessoa pisca e prejudica a lubrificação necessária para uma visão saudável

Tecnologia e Ciência|Giovanna Orlando, do R7

Uso excessivo de eletrônicos está causando miopia em crianças
Uso excessivo de eletrônicos está causando miopia em crianças Uso excessivo de eletrônicos está causando miopia em crianças

A pandemia da covid-19 fez com que pessoas pelo mundo inteiro ficassem em casa e tivessem que se adaptar a um confinamento obrigatório. O trabalho passou a ser remoto, as aulas das escolas são transmitidas pela internet e o entretenimento envolve telas na grande maioria dos casos. O uso excessivo de smartphones, tablets e computadores, porém, pode trazer consequências para a saúde dos olhos.

"O uso das telas faz com que as pessoas pisquem até 5 vezes menos, o que afeta a lubrificação do globo ocular e pode levar à fadiga visual, ressecamento dos olhos, coceira, ardência e dores de cabeça", explica o oftalmologista e presidente do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.

Segundo Aderbal Alves Junior, membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a baixa estimulação da visão de longe e uso prolongado de eletrônicos já é a causa de uma “epidemia de miopia” entre as crianças na Ásia.

Ainda não há dados que indiquem quantas horas por dia uma pessoa pode ficar exposta à telas sem prejudicar a visão. A Organização Mundial da Saúde recomenda que crianças de até dois anos não devem ter acesso às telas, nem passivamente. Dos dois até os cinco anos de idade, é indicado que usem uma hora por dia, com a supervisão. O tempo pode aumentar para 2 horas entre 6 a 10 anos. E chega a 3 horas para jovens até completar os 18 anos.

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Luz azul de aparelhos pode ser prejudicial a longo prazo
Luz azul de aparelhos pode ser prejudicial a longo prazo Luz azul de aparelhos pode ser prejudicial a longo prazo

Luzes azul e o metabolismo

A tela dos aparelhos eletrônicos, em geral, emitem luz azul, que além de causar danos à visão ao longo do tempo, ainda tem interferência na produção de hormônios no corpo humano.

"Passar tempo demais na frente de telas pode afetar o ciclo circadiano, que é o relógio interno das pessoas e que regula os processos fisiológicos, como sono, fome e estímulos hormonais, que quando alterados podem trazer problemas mais sérios", alerta Alves Junior.

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Durante o dia, a luz azul ativa a produção de dois hormônios que nos deixa em estado de vigília: o cortisol e a adrenalina. Já a luz azul-violeta ajuda a controlar o estresse, mantendo também o sistema imune e a glicemia em equilíbrio. A azul-turquesa regula os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a frequência respiratória.

“No entardecer, a redução da luz azul-turquesa faz a produção de ambos diminuir e a glândula pineal inicia a produção de melatonina, conhecida como o indutor do sono. A luz azul é, portanto, o principal mediador de nosso metabolismo no período de 24 horas”, explica Queiroz Neto.

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Alguns aparelhos eletrônicos e também alguns aplicativos para smartphone e tablet já possuem ajustes nas configurações que permitem o controle da quantidade de luz azul emitida. Assim, é possível escurecer a tela automaticamente depois de determinados horários

O professor de Computação e Informática na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vivaldo José Breternitz, ressalta que nem sempre os ajustes são suficientes para evitar problemas de visão.

"Muitos dispositivos usam o modo noturno e modos de controle de emissão de luz mais como uma forma de economizar bateria do que, de fato, controlar a quantidade de luz azul que chega aos olhos dos usuários, como o WhatsApp", explica. 

Para evitar a fadiga visual e dores de cabeça, os especialistas orientam fazer uma pausa a cada 20 minutos para olhar por 20 segundos para um objeto que esteja a uns 6 metros de distância. É importante também manter uma distância mínima de 60 centímetros da tela e lembrar de piscar para evitar problemas futuros.

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