A evolução da tecnologia contribui para exames mais eficientes, cirurgias mais seguras e até medicamentos com dosagens mais precisas. As startups da área da saúde, as chamadas healthtechs, apostam em inteligência artificial, telemedicina e internet das coisas. O relatório Distrito HealthTech Report identificou que 24,2% das startups dessa área buscam melhorar a gestão de clínicas, hospitais e laboratórios. Na sequência, destacam-se as categorias de marketplace, acesso à informação, farmacêutica e diagnóstico. Atualmente, as empresas que apostam nas novas tecnologias como base de seus negócios representam menos de 10%, mas têm pontecial para crescer nos próximos anos. O levantamento Distrito HealthTech Report aponta algumas tendências para o mercado da saúde, todas envolvendo o uso de novas tecnologias. Google, Apple e outras gigantes de tecnologia se juntaram às startups de saúde para desenvolverem novos serviços para a área médica. A inteligência artificial tem potencial para contribuir para resultados de exames cada vez mais precisos e remédios mais eficientes. Uma área da medicina em que algoritmos podem ser usados amplamente nos próximos anos é na parte de exames de imagem. As máquinas conseguem ser mais eficientes do que os olhos humanos para detectar doenças. O Google, por exemplo, através da utilização de redes neurais, garante uma exatidão melhor do que a de médicos especialistas na identificação de 50 tipos diferentes de doenças oftalmológicas. O médico não precisará estar em frente ao paciente nas consultas ou dentro da sala de cirurgia no futuro. A telemedicina é uma tecnologia que permitirá o atendimento de qualidade e precisão em qualquer local com um bom sinal de internet. As questões de regulamentação dessa prática no Brasil e a aceitação dos médicos ainda são pontos que precisam ser acertados. Porém, os equipamentos necessários para oferecer esse tipo de serviço já existem e estão sendo aprimorados. A área da saúde é uma das que pode crescer mais com a Internet das Coisas, ou IoT, da sigla em inglês Internet of Things. O Plano Nacional de IoT do BNDES projeta que esse setor seja responsável de 4% até 11% do produto interno bruto do planeta, até 2025, o equivalente a valores entre 3,9 e 11,1 trilhões de dólares. No Brasil, estimam-se ganhos da faixa de 50 a 200 bilhões de dólares nos próximos 5 anos. O sistema que permite a troca de informações de maneira segura ficou famoso com as moedas digitais, como o Bitcoin, mas não é apenas em transações financeiras que o blockchain tem utilidade. Os hospitais podem utilizar a tecnologia para obter informações clínicas de pacientes e de quem realizou o serviço, armazenar ensaios clínicos, realizar prontuários médicos, por exemplo. O blockchain pode ser uma solução para substituir os antigos arquivos de exames e prontuários dos pacientes.