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Whatsapp segue ativo para parte dos usuários conectados a rede wifi

Bloqueio foi ordenado pelo mesmo juiz que mandou prender executivo do Facebook em março

Tecnologia e Ciência|Do R7

Juiz mandou bloquear aplicativo por 72 horas
Juiz mandou bloquear aplicativo por 72 horas Juiz mandou bloquear aplicativo por 72 horas

Apesar do bloqueio de 72 horas do Whatsapp iniciado nesta segunda-feira (2) por determinação da Justiça, alguns usuários do aplicativo continuam conseguindo enviar mensagens quando estão conectados a uma rede wifi que não seja gerenciada por uma grande operadora.

O R7 conseguiu enviar mensagens às 15h30 e, novamente, às 17h30 por meio de um aparelho com plano da Vivo conectado ao wifi. Os destinatários, um deles da Vivo e outro da TIM, também conectados a rede wifi, conseguiram receber as mensagens e responder.

Entre um horário e outro, houve um período de instablilidade.

A rede de wifi utilizada para enviar as mensagens, porém, não é gerenciada por nenhuma das operadoras submetidas à decisão judicial.

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A reportagem tentou também com outros aparelhos de diversas operadoras — inclusive outros da Vivo e da TIM — conetacos a uma rede de wifi da Vivo e não obteve sucesso.

A brecha no bloqueio também foi relatado por usuários no Twitter. “No wifi da faculdade o whatsapp ta funcionando normalmente, mas ngm de fora consegue usar então não adianta nada” escreveu uma estudante de São Paulo.

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“Bloqueio do WhatsApp por 72 horas?! Pra mim muda nada. Continua liberado para uso por wifi”, postou outro estudante, de Campinas.

As mensagens enviadas quando o aparelho depende de dados móveis não chegam aos destinatários.

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Aplicativo

Outros usuários ouvidos pelo R7 afirmam que continuam com o Whatsapp em funcionamento após baixar um aplicativo que camufla a localização do usuário no mundo. Com isso, as mensagens passam por outros países antes de chegarem aos destinatário. 

Os aplicativos do tipo constroem uma rede privada de conversa. Nem todas as redes, porém, são seguras. Por isso, é preciso cuidado.

Ordem de bloqueio

O bloqueio segue determinação da Justiça. A decisão, de 26 de abril, foi tomada pelo juiz Marcel Montalvão, de Lagarto (SE), o mesmo que ordenou a prisão do vice-presidente do Facebook Diego Dzodan, em março.

É a segunda vez que o aplicativo será bloqueado no Brasil. Em dezembro, 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo ordenou o bloqueio pelo serviço não atender uma determinação judicial que a obrigava a colaborar com investigações criminais.

Anatel

O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, disse que o bloqueio do aplicativo é uma medida desproporcional porque acaba punindo os usuários do serviço.

— O WhatsApp deve cumprir as determinações judiciais dentro das condições técnicas que ele tem. Mas, evidentemente o bloqueio não é a solução.

Segundo Rezende, a Anatel não pode tomar nenhuma medida para restabelecer o serviço, porque não é parte da decisão judicial.

O R7 procurou a Vivo e a TIM. A TIM afirmou que os casos relatados pela reportagem são pontuais e que a operadora está investigando. A Telefônica Vivo afirmou que "cumpre rigorosamente a decisão judicial de bloqueio ao acesso ao WhatsApp, em suas redes fixa e móvel, em âmbito nacional, incluídos serviços wi-fi baseados na rede da operadora".

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