Polícia abre inquérito para buscar responsáveis por incêndio em farmácia na RMS
Peritos do DPT informam que houve uma explosão seguida de incêndio e de desabamento
Bahia|Do R7
As causas da explosão, seguida de desabamento e incêndio, da farmácia no Centro de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, ainda são investigadas pela polícia. A informação foi divulgada durante coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (24).
Os peritos do DPT (Departamento de Polícia Técnica), supervisionados pelo Coordenador de Engenharia Legal do Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto, trabalharam durante toda a madrugada no local recolhendo vestígios e já informam que foi possível determinar que houve uma explosão seguida de incêndio e de desabamento.
A delegada Thaís Siqueira, titular da 18ªDT (Delegacia Territorial) de Camaçari, que instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente, disse que uma empregada do estabelecimento foi ouvida na manhã de hoje e deu informações detalhadas sobre os minutos que antecederam a explosão, ocorrida durante uma obra realizada há pelo menos 30 dias, no mezanino da farmácia.
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Segundo a delegada, a testemunha contou que almoçava no andar superior do prédio com outros três colegas enquanto operários trabalhavam no local. Segundos depois de deixar o mezanino, para assumir o caixa da loja, onde pelo menos 12 pessoas aguardavam na fila, a mulher ouvir a explosão e viu parte da estrutura desabando e o fogo se alastrando pelo local. Mais testemunhas serão ouvidas, incluindo proprietários do imóvel e representantes da farmácia.
O prédio, cuja estrutura ficou completamente comprometida e precisou ser escorada pelos bombeiros, foi liberado para a Defesa Civil por volta das 13h.
O acidente, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (23), provocou a morte de nove pessoas, entre elas, Tatiane Ribeiro Mendes, 34 anos, única identificada, e deixou outras 14 feridas.
Sete dos nove corpos levados ao IML (Instituto Médico Legal) são do sexo feminino. O oitavo não pode ter o sexo determinado e um ainda não havia sido examinado. O perito médico legal Mário Câmara, diretor do IML, alertou que a identificação das vítimas não deve ser um processo rápido. Uma delas já foi identificada por meio da impressão digital e já teve o corpo liberado pela família, na tarde de hoje. Os outros corpos deverão ser identificados pelo mesmo processo quando for possível recuperar as digitais ou por meio de exames de DNA.