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“A exumação não é o fim”, diz filho de Jango

Família acredita que, além de exames, há outras formas de provar assassinato do ex-presidente

Brasil|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

Ao lado da viúva de Jango, Dilma deposita flores na urna mortuária
Ao lado da viúva de Jango, Dilma deposita flores na urna mortuária

O filho do ex-presidente João Goulart disse nesta quinta-feira (14) que há documentos e depoimentos que comprovam que Jango foi assassinado pela ditadura militar.

João Vicente Goulart participou da cerimônia que recebeu os restos mortais do ex-presidente com honras de chefe de Estado em Brasília. Ele acredita que, mesmo que os exames não sejam conclusivos quanto à morte por envenenamento, há outras formas de provar que o pai foi assassinado.

— A família está fazendo tudo aquilo que está ao alcance. Nós temos a certeza de que esgotamos as propostas que tínhamos às nossas mãos para chegar a isso. Agora, é bom que se diga que a exumação não é o fim de todo esse processo. Nós solicitamos ao Ministério Público outros documentos e oitivas. Existem agentes americanos que participaram da Operação Condor e que não foram ouvidos ainda. Estudamos também pedir a liberação de outros documentos que estão em arquivos do Estado Americano.

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Bastante emocionada, a viúva de Jango, Maria Tereza Goulart, disse que está muito feliz, mas que não cria grandes expectativas sobre os resultados dos exames:


— É um dia que vou guardar para o resto da vida. Esperava que um dia acontecesse alguma coisa favorável à imagem do meu marido. Acho que esse momento chegou e eu estou muito feliz. Pode ser, pode não ser [que os exames provem morte por envenenamento], porque muitos anos se passaram, então é uma coisa muito difícil de prever.

A cerimônia que recepcionou os restos mortais do ex-presidente durou pouco mais de 18 minutos e foi acompanhada por cerca de 150 pessoas, entre familiares, políticos, militares e convidados. 

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