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“A punição social tem sido mais severa que a punição da Justiça”, diz presidente de ONG de defesa de animais

Ontem, imprensa trouxe caso de cão vítima de maus-tratos que teve patas quebradas por taco

Brasil|Giorgia Cavicchioli, do R7

Cão teve as patas quebradas por um homem no Rio de Janeiro
Cão teve as patas quebradas por um homem no Rio de Janeiro Cão teve as patas quebradas por um homem no Rio de Janeiro

As notícias de maus-tratos contra animais aparecem no noticiário praticamente todos os dias e, quase nunca, a punição aos agressores é tão rígida quanto a sociedade espera. Uma lei de 1998 prevê uma pena de "detenção, de três meses a um ano, e multa" para os autores de maus-tratos a "animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos".

Na última terça-feira (3), mais uma história de agressão a animais apareceu. Um homem atacou um cão com um taco de sinuca e quebrou duas patas do animal em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O cão sofreu cirurgia, mas pode ter as patas amputadas (assista ao vídeo).

O presidente da ONG (Organização Não Governamental) Arca Brasil, Marco Cianpi, explica que "não existe uma jurisprudência para esse tipo de crime, dentro da estrutura do Código Penal vigente" e defende a reforma do Código Penal a fim de ampliar a punição aos agressores.

— Nossa tentativa, nesse momento, é que sejam aplicadas penas mais condizentes com a expectativa da sociedade. [...] Atualmente, a punição social tem sido mais severa que a punição da Justiça. [...] Por enquanto, não é a punição da Justiça, é a pressão externa que é a real punição. 

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Cianpi lembra um caso de 2011, quando uma enfermeira pegou um cão da raça yorkshire, na frente da filha, e o chutou, virou para o ar e jogou para cima.

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— Ela foi condenada, mas pagou R$ 3.000 e fez serviços comunitários, mas, ao mesmo tempo, teve que se retirar da cidade que não aceitou mais esse indivíduo no seu convívio. 

Para Cianpi, quando houver a mudança no Código Penal, "com o aumento de pena aliado a uma penalização social, a gente considera que a gente vai estar caminhando, vai estar evoluindo".

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