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Agilidade no impeachment e manobra devem levar Cunha a punição mais branda no Conselho de Ética

Na semana passada, parlamentar contrário ao peemedebista deu lugar a aliado. Placar virou

Brasil|Do R7, em Brasília

Cunha possuía contas na Suíça, segundo investigações, irrigadas com dinheiro de propina da Petrobras
Cunha possuía contas na Suíça, segundo investigações, irrigadas com dinheiro de propina da Petrobras Cunha possuía contas na Suíça, segundo investigações, irrigadas com dinheiro de propina da Petrobras

Protagonista na tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), saiu fortalecido da principal votação (veja quadro abaixo) dos últimos 24 anos na Casa feita no último domingo (17).

Sua agilidade em conduzir a votação e uma manobra de última hora no Conselho de Ética da Câmara devem render a Cunha uma punição branda no colegiado, onde é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido na CPI da Petrobras.

A principal punição a Cunha poderia ser a cassação do mandato, mas aliados praticamente descartam essa possibilidade por considerarem que seria severa demais. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), muito próximo a Cunha, concorda com essa tese.

A hipótese de renúncia de Cunha tampouco está afastada, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), apoiador de Cunha. Segundo Paulinho, que já considerava improvável essa possibilidade, a vitória no processo de impeachment praticamente enterra a possibilidade: “Sem chance”.

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Portanto, o relatório da Comissão de Ética deve sugerir apenas uma suspensão temporária do mandato, o que manteria seu status de parlamentar e seu foro privilegiado até 2019 e, assim, evitaria uma ação incisiva do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na Justiça Federal.

Dentro do Conselho de Ética, porém, uma mudança na última semana pode jogar por terra as intenções dos governistas de punir Cunha. Primeiro relator do processo de cassação, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) renunciou à sua vaga e deu lugar a Tia Eron (PRB-BA).

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O vice-líder do governo na Câmara, Sílvio Costa (PTdoB-PE), criticou a mudança e chamou Cunha por várias vezes de “bandido”, acusando o peemedebista de ter atuado nos bastidores para a troca. Costa disse que o presidente da Câmara está sendo “absolvido” no Conselho de Ética

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Na fase de votação do relatório preliminar, Cunha foi derrotado por uma margem bastante apertada, com um placar de 11 votos a favor do texto a 10 contrários. Com a mudança, o marcador deve se inverter e Cunha provavelmente terá maioria na votação.

Agora, o relator do caso, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), vai entregar um parecer final do caso, que pode até pedir a cassação de Cunha, mas deverá ter como máxima punição o “gancho” do mandato. A entrega deverá ocorrer no final de maio. Após votação no colegiado, o caso segue para apreciação do plenário.

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