O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conhecido inicialmente como "Jucá" na planilha de pagamento de propina da Odebrecht, também foi identificado como "Cerrado" e "Aracati". O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de cinco inquéritos para apurar as acusações dos delatores da empreiteira contra o peemedebista.
O registro no sistema Drousys diz respeito a pagamentos que teriam sido feitos a Jucá, por meio do lobista Milton Lyra, como recompensa pelo empenho do senador na aprovação da Medida Provisória 613, que concede incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química.
Na planilha, está registrado que Jucá recebeu R$ 1,7 milhão sob o codinome de "Aracati" e R$ 1 milhão sob a alcunha de "Cerrado". Os dois pagamentos teriam sido feitos em outubro de 2013.
As informações constam em um dos vídeos do ex-funcionário da Odebrecht José de Carvalho Filho.
Em nota, o senador Romero Jucá afirmou que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Também disse que, durante as campanhas eleitorais, sempre atuou dentro da legislação e teve todas as contas aprovadas.
Nesta sexta-feira (14), em entrevista ao programa Moreno no Rádio, da CBN, Jucá negou as acusações de recebimento de recursos por seu empenho na aprovação de MP. "Chegou-se ao cúmulo dizer que eu beneficiei empresas com MPs. Quem fala em compra de MPs não conhece como funciona o governo e o Congresso", disse Jucá, destacando que está tranquilo e espera responder o mais rápido possível a todas as informações que possam esclarecer esse imbróglio.