Picciani (foto) foi substituído do cargo na semana passada
Gustavo Lima/Câmara dos DeputadosPouco mais de uma semana após ser destituído, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) voltou ao posto de líder do PMDB na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (17). O parlamentar carioca é aliado do governo e da própria presidente Dilma Rousseff.
Picciani conseguiu assinaturas de 37 dos 69 membros da bancada peemedebista na Câmara. Sete destes nomes haviam apoiado o antigo líder, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), mas mudaram de ideia após intensa articulação nos últimos dias.
Já como líder do PMDB novamente, o deputado carioca afirmou em Plenário que o partido “não fará mais parte do triste expediente da troca de listas”, e pediu que a bancada apoiasse a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016.
Antes de retomar o posto, Picciani enfrentou polêmicas ao longo desta manhã. A lista de apoio ao novo líder teve três assinaturas questionadas pela Secretaria Geral da Mesa da Câmara, pois teriam assinado ofício que pedia uma carta adicional para confirmar que mudaram de ideia. Após negociações dos deputados Hildo Rocha (PMDB-MA) e Silvio Costa (PTdoB-PE), a lista foi aceita.
Picciani foi destituído do cargo após um movimento de insatisfeitos juntar 35 assinaturas que passaram a liderança para Quintão. O grupo de oposicionistas se revoltou após Picciani indicar apenas deputados governistas para integrar a comissão especial de impeachment.
Depois que a executiva nacional do partido aprovou resolução para vetar filiações de deputados de outros partidos, Picciani chamou de volta secretários dos governos municipal e estadual no Rio de Janeiro para apoiar sua liderança. Ele afirmou que o retorno dos deputados Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral foi para defender a posição do partido no Rio, contrária ao impeachment de Dilma.
Picciani reage à carta de Temer e diz que o vice-presidente "não quer o fortalecimento da bancada"