Após resultado tímido do PIB, Aécio Neves fala em “ano perdido para economia”
Pré-candidato do PSDB ao Planalto diz que mercado já revê previsão de inflação para cima
Brasil|Do R7
O senador mineiro e pré-candidato do PSDB para a Presidência da República, Aécio Neves, divulgou uma carta, nesta quarta-feira (29), para comentar o desempenho da economia brasileira no 1º trimestre. Aécio afirmou que a “economia brasileira continua emperrada” e que o País caminha para “o terceiro ano perdido”.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas do País) aumentou 0,6% nos primeiros três meses de 2013.
Aécio ressaltou ainda a escalada da inflação e afirmou que os economistas já estão fazendo revisões para cima da projeção da alta de preços.
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No fim da carta, Aécio cobrou explicações do governo federal sobre o futuro da economia do País. Segundo Aécio, “as projeções oficiais cada vez mais se distanciam da realidade e explicitar quais as medidas serão tomadas para a reversão desse quadro.”
Leia abaixo a carta de Aécio Neves na íntegra:
“Declaração do senador Aécio Neves sobre o PIB do primeiro trimestre de 2013, divulgado pelo IBGE
Infelizmente, as previsões mais pessimistas se confirmaram e o PIB de 0,6% do primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas do mercado que eram de 0,9%. Constatamos, mais uma vez, que a economia brasileira continua emperrada, crescendo muito menos que o necessário para o país.
Novamente, também, as previsões oficiais se mostraram irreais. O que até pouco tempo atrás era apregoado pela equipe econômica como piso para nosso PIB agora vai se tornando um sonho distante, quase inalcançável. Caminhamos para o terceiro ano perdido para a economia brasileira.
Somam-se a este triste cenário as revisões que o mercado já faz para cima na projeção de inflação, em que pesem as inúmeras medidas de desoneração implantadas, e a já conhecida baixa capacidade de investimento do governo federal.
São fatos que devem ser motivo de máxima preocupação para os brasileiros.
Cabe ao governo federal apresentar ao país, com clareza, as razões pelas quais as projeções oficiais cada vez mais se distanciam da realidade e explicitar quais as medidas serão tomadas para a reversão desse quadro.”