Sob o comando do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do processo de impeachment e do STF (Supremo Tribunal Federal), os senadores retomaram, por volta das 9h45 desta sexta-feira (26), o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff. A petista é acusada de crime de responsabilidade pelas “pedaladas fiscais”. Nesta fase, serão ouvidas as seis testemunhas da defesa. A primeira a depor deve ser o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. O julgamento final de Dilma está previsto para terminar até quarta-feira (31). Nesta quinta-feira (25), os senadores do PT conseguiram burlar uma norma de Lewandowski e usaram o tempo de fala no depoimento do procurador junto ao Tribunal de Contas da União Júlio Marcelo de Oliveira, que seria a primeira testemunha de acusação, para fazer pronunciamentos, sem interrogá-lo.Leia mais notícias de Brasil e Política Oliveira foi declarado suspeito e passou a prestar depoimento apenas como informante. Com isso, os petistas não só aproveitaram o tempo para fazer discurso, como também garantiram a última palavra, sem dar oportunidade de tréplica para o informante. O objetivo dos aliados de Dilma era prolongar ao máximo o julgamento. A oitiva de Oliveira, que teve início às 14h10, só terminou depois mais de sete horas depois, por volta das 21h30. Em seguida, começou a ser ouvida a segunda e última testemunha de acusação, Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho, auditor fiscal de controle externo do TCU.Tumulto Ontem, a sessão foi suspensa por alguns minutos antes mesmo de as testemunhas começarem a ser ouvidas. Sem os microfones abertos, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias (PT-RJ) trocaram insultos, sendo que Caiado sugeriu que Lindbergh fosse submetido a um exame ‘anti-doping’. Os dois senadores já protagonizaram discussões semelhantes em outras votações importantes no plenário.Assista à reportagem do Jornal da Record sobre o primeiro dia do julgamento: