Arlindo Chinaglia é favorito para enfrentar Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara
José Guimarães e Patrus Ananias também devem entrar na disputa pela mesa diretora
Brasil|Do R7
A bancada do PT na Câmara decidiu em reunião nesta quinta-feira (13) apresentar nas próximas semanas um nome às demais legendas aliadas para disputar a presidência da Casa e enfrentar o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Com a desistência de Marco Maia (RS), o deputado Arlindo Chinaglia (SP) passa a ser o favorito do partido a entrar no pleito.
A ideia do partido é costurar um arco de alianças com as siglas da base e tentar isolar Cunha, que é um desafeto do Palácio do Planalto desde que comandou o chamado "blocão" — rebelião que impôs duras derrotas ao governo no início deste ano.
O Palácio do Planalto conta com a reforma ministerial para evitar que deputados do PR, PP e PSD embarquem no projeto do peemedebista. Além disso, lideranças do PT iniciaram conversas com o PTB e acreditam que é possível trazer ao menos parte dos petebistas para o candidato do governo.
— Temos de agir e produzir um acordo em torno de um candidato. Essa fase é de sondagens — argumentou Chinaglia.
Outros nomes ventilados como possíveis candidatos para a eleição da Mesa Diretora são os do deputado José Guimarães (CE) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias (MG).
— A bancada está cada vez mais convencida de que teremos uma candidatura nossa — disse o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP) — Será uma candidatura para dialogar com as outras forças partidárias.
A data sobre quando o PT deve apresentar seu candidato ainda divide a bancada. Houve quem defendesse que um nome fosse ungido ainda hoje, mas prevaleceu o entendimento, com o aval do Planalto, de que era melhor esperar para que o escolhido não virasse "vidraça".
A bancada petista deve propor seu candidato nos próximos 15 dias.
Cientes de que Cunha será um oponente duríssimo a ser batido, a cúpula do partido trabalha para evitar brigas internas. Nesse sentido, Chinaglia é o favorito por ter bom trânsito nos demais partidos aliados e até mesmo na oposição.
— Temos de buscar um pacto interno para não ter disputa e fazer uma concertação pela unidade — disse o deputado Paulo Teixeira (SP).