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Banqueiro preso na Lava Jato vive em cela infestada de ratos, diz agência

André Esteves também é obrigado a tomar banho com um sabão em barra e dividir o toalete

Brasil|Do R7

Esteves (foto) está preso acusado de tentar atrapalhar a Operação Lava Jato
Esteves (foto) está preso acusado de tentar atrapalhar a Operação Lava Jato Esteves (foto) está preso acusado de tentar atrapalhar a Operação Lava Jato

Há pouco mais de dez dias na cadeia, o banqueiro André Esteves, sócio do banco de investimentos BTG Pactual, tem que conviver com a presença de ratos na cela individual que ocupa em Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro. A afirmação é da Bloomberg, agência norte-americana de notícias do mercado financeiro.

Em uma reportagem com o título “O bilionário brasileiro vivendo em uma cela infestada de ratos”, a agência destaca ainda que Esteves precisou raspar a cabeça, segundo o advogado que o defende. Esse procedimento não é normal para os presos que estão naquela unidade, que abriga detentos com nível superior.

A matéria diz que ao redor da penitenciária “o cheiro de valas de esgoto se mistura com aromas de petiscos fritos, que algumas mulheres compram para os maridos presos”. Uma delas se mostrou indignada com o fato de Lilian Esteves, mulher do banqueiro, ter conseguido autorização para visitas em pouco tempo. Segundo ela, a carteirinha demora cerca de um mês para ficar pronta.

O advogado do bilionário, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, desmentiu o que havia sido noticiado pela imprensa carioca, de que Lilian estava levando bacalhau de um sofisticado restaurante do Leblon para o marido. Farofa é algo que ela não poderá levar, já que os guardas proíbem esse prato, por facilmente poder esconder pedras de crack.

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A Bloomberg também conta que o sócio do BTG Pactual tem que compartilhas o banheiro. Além disso, ele toma banho com um sabão em barra cortado, para evitar que esconda algum tipo de contrabando.

Cardápio de banqueiro em Bangu inclui sobremesa e guaraná

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Como dinheiro não é problema para o banqueiro — 13º homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 6,6 bilhões, segundo a revista Forbes —, dificilmente ele se incomodaria de pagar R$ 10 em um litro de Coca-Cola na cantina da cadeia. A reportagem destaca que esse preço é duas vezes mais caro do que no exterior.

Até a semana retrasada, quando foi preso, André Esteves era presidente do BTG Pactual, maior banco de investimentos independente da América Latina. Após a notícia de que ele estava tentando obstruir as investigações da Operação Lava Jato, as ações do banco despencaram e ele foi substituído. Desde o ano passado, o ricaço caiu mais de 500 posições na lista de bilionários da Forbes, ocupando hoje a posição de número 1.100.

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O advogado diz que ele nega as acusações e que o cliente “tem um caráter muito estável”. Algumas pessoas ouvidas pela Bloomberg no entorno de Bangu 8 acharam merecida a prisão de Esteves. Kakay minimiza e diz que “as pessoas costumam odiar banqueiros".

Segundo as investigações, Esteves, por meio do BTG Pactual, financiaria um plano para barrar a delação premiada do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Em reunião, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também preso, propôs ao filho do ex-executivo uma mesada de R$ 50 mil, além de uma eventual fuga para a Espanha que incluía até jatinho. 

A conversa foi gravada por Bernardo Cerveró. No diálogo, o senador diz que André Esteves está disposto a colaborar e que está preocupado com um possível envolvimento do banco no escândalo de corrupção. O banqueiro negou que tenha tratado desse assunto com Delcídio, em depoimento ontem. Segundo ele, os dois se encontraram, a pedido do petista, para tratar de assuntos referentes à economia brasileira, como, por exemplo, a recriação da CPMF.

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