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Bolsa Família impulsionou avanço nos índices de desenvolvimento humano do Brasil, diz ONU

Relatório elogia o que chama de "programas sociais inovadores" da América Latina

Brasil|Do R7

Selma foi uma das primeiras beneficiadas por programas de tranferência de renda no Brasil
Selma foi uma das primeiras beneficiadas por programas de tranferência de renda no Brasil

Os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, receberam destaque no Relatório do Desenvolvimento Humano de 2013 divulgado nesta quinta-feira (14) pela ONU (Organização das Nações Unidas). De acordo com o texto, os “notórios progressos em termos de desenvolvimento humano” na América Latina foram impulsionados por programas sociais inovadores.

Intitulado “A Ascensão do Sul: o Progresso Humano num Mundo Diversificado”, o relatório traz alguns indicadores eu mostram o avanço brasileiro nessa área. Entre 1990 e 2009, a porcentagem da população que vive com menos de R$ 2,46 (US$ 1,25) por dia caiu de 17,2% para 6,1%. O País teria atingido, ainda, quatro dos seus oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio antes da meta de 2015, “estando no bom caminho para a consecução dos restantes quatro dentro do prazo previsto”.

No prefácio do relatório, a administradora do PNUD (Programa das Nações Unidas Desenvolvimento), Helen Clark, afirma que essas políticas são relevantes porque o crescimento econômico não se traduz, por si só, em progressos no desenvolvimento humano.

— A opção por políticas em prol dos mais desfavorecidos e por investimentos significativos no reforço das capacidades dos indivíduos – com ênfase na alimentação, educação, saúde, e qualificações para o emprego – pode melhorar o acesso a um trabalho digno e proporcionar um progresso duradouro.


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Outros programas avaliados pelo relatório como impulsionadores de uma distribuição mais igualitária das oportunidades foram o Oportunidades (do México), e o Chile Solidário, (do Chile).

De acordo com o estudo, esses programas possuem custos inferiores aos das tradicionais ações de assistência social em espécie. Como exemplo, foi relatado que o Bolsa Família e o Oportunidades têm custos inferiores a 1% do PIB (produto interno bruto) dos países onde funcionam.


Mais a ser feito

Apesar dos avanços e da diminuição das desigualdades, o relatório lembra que ainda há muita coisa a ser feita. A América Latina ainda é a mais desigual de todas as regiões do mundo no que diz respeito à distribuição da riqueza. Quanto ao Brasil, o texto destaca que pelo menos um quarto das desigualdades de remuneração estão associadas às situações dos agregados familiares, como o sucesso escolar, a raça ou a etnia, ou o local de nascimento dos pais.

Como desafio, o relatório aponta a necessidade de, nos próximos anos, líderes políticos dos países em desenvolvimento seguirem uma agenda ambiciosa que dê resposta às difíceis condições mundiais, como a crise econômica, que diminuiu as demandas dos países desenvolvidos.

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