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Brasil tem domingo de atos pró e contra impeachment

Na Paulista, bonecos gigantes foram usados para ironizar Dilma, Lula, Renan e Lewandowski

Brasil|Do R7, com Estadão Conteúdo

Bonecos gigantes em ato pró-impeachment na avenida Paulista
Bonecos gigantes em ato pró-impeachment na avenida Paulista Bonecos gigantes em ato pró-impeachment na avenida Paulista

Atos favoráveis e contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff foram realizados em diversas cidades do País neste domingo (31).

Em São Paulo, o ato contra Dilma aconteceu na avenida Paulista. O protesto tinha por objetivo fazer pressão para que o Senado confirme a saída da petista em votação prevista para o fim de agosto.

Bonecos gigantes foram usados para ironizar não apenas Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente do ST (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.

Não foi divulgada uma estimativa de público, mas o número de manifestantes foi aparentemente menor do que nos atos que antecederam o afastamento de Dilma.

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Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, um dos maiores grupos de rua que pedem o impeachment disse que menor adesão ao evento já era esperada. "As pessoas estão tomando como certa a aprovação do impeachment no Senado", afirmou.

O líder do Vem Pra Rua, no entanto, fez questão de ressaltar que mesmo após a saída de Dilma, o movimento continuará pressionando os políticos com outras reivindicações. "É para acabar com o foro privilegiado dos políticos, com esse viés do STF (Superior Tribunal Federal), pra mudar Renan Calheiros da presidência do Senado, pra limpar a política, é pela renovação", afirmou.

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Em Copacabana, manifestantes pró-impeachment se concentraram em um trecho de cerca de 500 metros da pista da Avenida Atlântica, junto ao calçadão, entre os postos 4 e 5.

O diretor do Movimento Brasil Democrata, Casé Carvalho, fez discurso em que anunciou o recolhimento de assinaturas de brasileiros para pedir a "extinção do PT". Ele disse que a mobilização será feita no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras cidades, no fim de agosto, passada a votação do impeachment no Senado.

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"O PT não é um partido político, é uma facção criminosa, comparável ao Comando Vermelho. Temos de aproveitar a presença da imprensa internacional para mostrar que tudo está sendo feito de forma constitucional, já que a Dilma anda por ai dizendo que foi golpe", disse Carvalho.

Em Brasília, o ato a favor do impeachment, que ocorreu na Esplanada dos Ministérios, foi encerrado com a execução do Hino Nacional Brasileiro. Segundo a PM, o ato reuniu 5 mil pessoas.

Durante o ato, os líderes de diferentes grupos pró-impeachment se revezavam no carro de som, fazendo discursos pelo afastamento definitivo de Dilma, contra a corrupção e em apoio à Operação Lava Jato.

A maior parte das falas foi dividida entre pedidos para que Lula seja convertido "de réu para prisioneiro" e tributos ao juiz Sergio Moro.

Os manifestantes chegaram a cantar "Parabéns" e a desejar "muita saúde" para Moro, que faz aniversário nesta segunda-feira, 1º de agosto.

Foi ainda simulado um cortejo e o enterro simbólico do governo Dilma.

Em Porto Alegre, lideranças de grupos contrários à presidente afastada aproveitaram o ato deste domingo para pedir votos para os pré-candidatos ligados aos movimentos que, desde o ano passado, puxam o coro do impeachment nas ruas.

"Ganhamos representatividade política", disse Antônio Gornatti, porta-voz do Movimento Vem pra Rua, do alto de um carro de som no Parque Moinhos de Vento.

A manifestação em defesa do impeachment reuniu 2 mil pessoas, de acordo com os organizadores. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

O protesto durou pouco menos de três horas e teve a participação da Banda Loka Liberal, que costuma animar as manifestações do Movimento Vem pra Rua e do Movimento Brasil Livre com músicas a favor do impeachment em ritmo de marchinhas de carnaval.

Entre uma canção e outra, os organizadores criticaram o PT, pediram a saída definitiva de Dilma e elogiaram a atuação do juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato.

Em Salvador, na Bahia, a manifestação a favor do impeachment reuniu cerca de 500 pessoas, segundo a PM. Os manifestantes, que se encontraram no Farol da Barra, pediram que o processo de afastamento da petista com mais rapidez.

Na Paraíba, um grupo de cerca de 50 manifestantes se reuniu na praia de Tambaú para pedir o impeachment de Dilma. O público exibia cartazes e bandeiras do Brasil. Eles pediam celeridade no processo de saída de Dilma. Conforme a Polícia Militar, não houve incidentes.

Em Goiás, ato contra Dilma reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na Praça Tamandaré, Goiânia, segundo a organização. A PM contabilizou cerca de 400 pessoas.

Pedindo a confirmação do impeachment de Dilma e gritando palavras de ordem contra a corrupção e pela manutenção da Operação Lava Jato, por volta das 16h, a marcha seguia da praça rumo à sede da Superintendência da PF.

Em Belém do Pará, cerca de 1,2 mil pessoas, na avaliação dos organizadores, ou 500, segundo a PM, marcharam pelas ruas do centro para apoiar o impeachment da presidente afastada.

O momento mais tenso da manifestação ocorreu na Praça da República, quando um grupo de 100 pessoas, com camisas vermelhas e bandeiras do PT, passou a gritar "Fora, Temer".

Os poucos policiais militares que estavam na avenida Presidente Vargas tiveram que fazer um cordão de isolamento para que os contrários a Dilma pudessem passar, evitando o confronto.

A favor de Dilma

Ato favorável a Dilma foi realizado na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes saíram do Largo da Batata e foram até a Praça Panamericana. Durante o protesto, a Polícia Militar montou um esquema de segurança para proteger a casa onde fica o escritório político do presidente em exercício, Michel Temer, no final da avenida António Batuira, em Pinheiros.

Com escudos e pistolas, oito homens da força tática, um deles armado com uma espingarda, guardam o local enquanto manifestantes passam gritando.

Sob gritos de "fora Temer", um grupo também protestou contra o impeachment na Candelária, centro do Rio. A organização do protesto não informou quantas pessoas participam. A PM estimou em 40 pessoas.

No Recife, cerca de 2 mil pessoas, segundo a coordenação da Frente Brasil Sem Medo, participaram do ato em defesa da presidente afastada e contra o governo Temer. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público do evento.

A mobilização começou às 15h, na Praça do Derby, na região central da cidade, e seguiu até o final da tarde. Um novo ato será realizado nos próximos 15 dias. Cerca de 30 entidades estiveram representadas.

Na Paraíba, manifestantes contrários ao governo Temer se reuniram no Parque Solon de Lucena, em João Pessoa. Gritando "fora Temer, volta Dilma", cerca de 500 pessoas fizeram uma caminhada ao redor da Lagoa.

No Rio Grande do Sul, a manifestação realizada pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo em defesa do mandato da presidente afastada reuniu 4 mil pessoas, segundo os organizadores, no Parque Farroupilha. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Em Goiânia, a manifestação a favor de Dilma foi realizada pela manhã, no centro da cidade.

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