O plenário da Câmara aprovou, na noite desta quarta-feira (27), por 330 votos a favor, 141 contrários e 1 abstenção, proposta que veta financiamento de campanha por empresas diretamente a candidatos. Pelo texto, as empresas só poderão doar aos partidos. Já as pessoas físicas poderão continuar doando tanto para partidos como para candidatos. Esse é a primeira proposta da reforma política aprovada pela Câmara. Após todos os pontos serem votados, as propostas serão analisadas pelo Senado. A emenda aglutinativa foi apresentada pelo deputado Celso Russomanno (PRB-SP) como um meio termo entre as outras propostas acerca do financiamento de campanha, que haviam sido derrotadas nos debates entre terça (26) e quarta-feira (27). — Quisemos chegar a um consenso nessa Casa para que todos tivessem o que pretendiam. Abrimos mão de um lado, outros abriram mão de outro lado. [A proposta] é uma forma mais justa de ser. O dinheiro que vai para os partidos políticos pode ser distribuído entre os candidatos. De acordo com a emenda, os limites de doação devem ser definidos por uma outra lei — uma infraconstitucional (ou seja, uma lei que não faz parte do texto da Constituição, mas que é complementar a um item da Carta). Russomanno afirmou que a forma de distribuição do dinheiro empresarial que chega aos partidos também pode ser regulamentada por uma outra lei. O deputado destacou ainda que a definição a respeito do financiamento de campanha é uma forma de o Congresso retomar o protagonismo sobre o tema, que já foi discutido na Justiça. — Ou esta Casa faz o trabalho de legislar ou então quem vai legislar é o Supremo Tribunal Federal. Após a aprovação da emenda de Russomanno, os deputados passam a debater outros pontos da reforma política. O próximo ponto a ser discutido deve ser a reeleição.Leia mais notícias de Brasil no R7