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Chamada de “destemperada”, Dilma rebate revista: “Escandalosa, leviana, sexista, covarde e risível”

IstoÉ informou que presidente quebrou um móvel ao saber de delação de Marcelo Odebrecht

Brasil|Do R7

Dilma disse que revista não faz jornalismo e não é confiável
Dilma disse que revista não faz jornalismo e não é confiável

A presidente Dilma Rousseff emitiu uma nota oficial no último sábado (2) para rebater reportagem da revista IstoÉ, que indica que a petista está “dominada por sucessivas explosões nervosas, quando, além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País”.

A revista afirmou que Dilma "tem sido medicada com dois remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento: rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito calmante". Os medicamentos seriam usados, segundo a reportagem, "para tentar aplacar as crises, cada vez mais recorrentes". Porém, "a medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar".

O Palácio do Planalto classificou a reportagem de “peça de ficção” e, em seguida, disse que a matéria jornalística é “escandalosa, leviana, sexista, covarde e – por que não? – risível”. Logo depois, a nota diz não que não vai rebater a revista.

— Mas fazer isso seria tratar como jornalismo o que não é; seria conferir respeito ao que, no fundo, é inqualificável; seria pensar que algo ali pode ser crível e confiável, o que está muito longe de ser. O único respeito que merece é para os eventuais remédios que se possa tomar contra os delírios e surtos de descontrole da revista. Uma publicação fora de si.


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O Planalto prossegue dizendo, na nota, que “a democracia trouxe a liberdade de imprensa e de expressão, cláusulas pétreas de uma sociedade madura como a brasileira”.


— Exercê-las, no entanto, exige responsabilidade com que se escreve e se publica. Por essas razões, e de tão inconsistente e intolerável, a única resposta adequada são as medidas judiciais que a Presidência da República tomará contra a revista.

Na reportagem, a revista indica que assessores de Dilma, acostumados com a “descompostura presidencial”, estão “aturdidos com o seu comportamento às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso”.

O texto diz também que a presidente teria “avariado um móvel de seu gabinete, depois de emitir uma série de xingamentos”, ao receber a informação sobre a delação premiada do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht.

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