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Chuva para amenizar calorão deve chegar a SP só daqui a 11 dias

Precipitação, porém, não vai ajudar a encher os reservatórios de água do Estado, segundo Somar

Brasil|Do R7

Termômetros marcaram 36ºC na cidade de São Paulo nesta quinta
Termômetros marcaram 36ºC na cidade de São Paulo nesta quinta

As chuvas para amenizar o calorão que atinge São Paulo deverão cair no Estado a partir do próximo dia 17, informou a Somar Meteorologia nesta quinta-feira (6). As precipitações deverão ocorrer porque as frentes frias vão conseguir romper o bloqueio atmosférico que impede a formação de áreas de instabilidade sobre o Estado.

A chuva, porém, não será tão volumosa para a recuperação completa nos níveis dos reservatórios, mas vai ajudar a amenizar a situação atual. Os termômetros da cidade de São Paulo deverão atingir a marca de 36º C amanhã e, assim, bater o recorde de calor de 2014. Até agora, a máxima foi registrada no dia 1º, quando os termômetros chegaram a 35,9º C.

O recorde histórico de calor na cidade de São Paulo foi registrado no dia 20 de janeiro de 1999, quando os termômetros chegaram aos 37º C.

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A Somar alerta, porém, que o mês de janeiro de 2014 foi mais quente de todos os tempos em São Paulo. A temperatura média ficou na casa dos 31,8º C, valor que igualou com o recorde anterior registrado em fevereiro de 1984. Este início de fevereiro está tão quente quanto janeiro.


A temperatura está 7º C acima da média climatológica, que para o mês de fevereiro em São Paulo-SP é de 28º C. Segundo os meteorologistas da Somar, o calor foi mais intenso devido à chuva mal distribuída que ocorreu desde o início do ano e a onda de calor deixa as temperaturas bem altas em São Paulo.

Entenda o tempo


Uma massa de ar seco e quente comanda o tempo em São Paulo e faz disparar as temperaturas. Isso porque existe a atuação de um bloqueio atmosférico que impede o avanço de instabilidade pelo País, explica Patrícia Vieira do Grupo de Operações da Somar.

— Este sistema é composto por ventos no alto da atmosfera, chamados de Corrente de Jato, que ganharam força e impediram que as frentes frias cheguem ao Brasil, e com isso uma grande massa de ar quente predominou nos últimos dias de janeiro.

Assim, o Brasil ficou dependendo basicamente da umidade da Amazônia para provocar chuvas — mas sem ventos que carregassem essa umidade pelo País, houve chuvas concentradas somente mais no Norte e parte do Nordeste.

Este tipo de bloqueio é mais comum em meses de outono e inverno e não muito frequente num mês de janeiro. Segundo a Somar Meteorologia, o bloqueio provocou também uma condição meteorológica incomum para o alto verão: ausência de umidade e de chuva no Sudeste.

Essa falta de chuva tem preocupado diversos setores da economia, como abastecimento de água e energia elétrica, agricultura e pecuária.

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