Com a iminente a saída do PMDB do governo, a presidente Dilma Rousseff tenta, neste momento, o que pode ser sua última cartada para evitar o impeachment: ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão reunidos no Palácio da Alvorada para decidir como os cargos atualmente com peemedebistas podem ser redistribuídos para outros partidos da base. A apenas um quilômetro dali, no Palácio do Jaburu, quartel-general dos operadores da ruptura, o comando do PMDB monta a operação de amanhã. Detalhes da reunião são repassados por Temer, que será representado por Romero Jucá e Eliseu Padilha - respectivamente primeiro e segundo vices do PMDB. Liderada pelo ex-presidente Lula, a estratégia do governo é garantir a permanência dos partidos médios ao lado de Dilma. Por enquanto, a presidente só tem o apoio incondicional do próprio partido, o PT, e do PCdoB. Somados, os deputados das duas legendas chegam a 71. Para evitar o impeachment, Dilma precisa do apoio de 172 dos 513 parlamentares. Se a estratégia funcionar, cálculos dos líderes governistas apontam que o apoio à Dilma no plenário da Câmara pode chegar a 186 votos. Além de Dilma e Lula, participam da reunião também o chefe de gabinete da Presidência, Jacques Wagner, e outros integrantes do alto escalão do governo. Na Câmara, deputados mostraram interesse no plano do governo. Silvio Costa (PTdoB-PE), vice-líder do governo, destacou que, apesar de ter 69 deputados, o PMDB só vinha garantindo poucos votos a favor do governo. — Onde é que está escrito que os partidos desta Casa são 'Maria vai com as outras'? Vamos repactuar com os demais aliados. Eles têm o direito a governar. O PMDB tem sete ministérios e só dá trinta votos. Tem muito partido se queixando disso. O que vale é o painel [de votações].Leia mais notícias de Brasil