Consultas em cidades atendidas pelo Mais Médicos crescem 33% em dois anos, anuncia governo
Presidente participa de balanço do programa criado em 2013 e que atinge 63 mi de pessoas
Brasil|Do R7, em Brasília
O governo federal anunciou nesta terça-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, o aumento em 33% no número de consultas em postos de saúde e hospitais localizados em cidades beneficiadas pelo programa Mais Médicos. O programa completa dois anos e atinge, atualmente, aproximadamente 63 milhões de brasileiros. São 18 mil profissionais distribuídos em 4.000 municípios.
O atendimento em cidades onde o programa não foi implementado também cresceu em dois anos, porém, em menor intensidade. O índice de crescimento do número de consultas nelas foi de 15%.
O número de internados em hospitais em cidades do Mais Médicos diminuiu 4% entre dezembro de 2013 e o mesmo mês em 2014. Onde a cobertura do programa supera 1/3 da população do município, as internações tiveram redução de 9%.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, pela primeira vez, todos os 34 distritos indígenas do País têm ao menos uma equipe médica constituída. Ele também salientou o aumento da cobertura médica no âmbito da saúde da família, que cresceu 29%.
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O governo também anunciou a criação de novas 3.000 bolsas de residência médica e a contratação de 880 professores de medicina. Das novas bolsas, 75% são para ampliar a formação de médicos especializados em Medicina da família.
A prioridade também será oferecer as novas oportunidades para médicos residentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a fim de atenuar o saldo negativo de profissionais nos municípios distantes dos grandes centros.
De acordo com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, outras vagas garantirão em pouco tempo ao País chegar ao índice de 1,32 vaga em medicina a cada 10 mil habitantes. Apenas alguns Estados demandarão ações para que a meta de 1,34 a cada dez mil habitantes em cada Estado da Federação seja atingida.
A cerimônia contou com a presença de 300 médicos integrantes do programa como os cubanos Kátia Rojas e Edie Valdívia de 35 e 46 anos, respectivamente. Os dois, que são clínicos gerais e atendem a pacientes com doenças crônicas no sertão da Bahia, voltam a trabalhar nesta semana após 30 dias de férias em seu país natal. O contrato deles, de três anos, deverá ser prorrogado, se depender da vontade dos médicos.
Kátia Rojas resumiu a percepção dos médicos cubanos em atividade no Brasil.
— Estamos muito felizes no Brasil e com o nosso trabalho. Atendemos 40 pacientes por dia e notamos que a Saúde melhorou muito na região que tem aproximadamente 4.000 habitantes.
O programa também foi elogiado pelo prefeito de Aparecida de Goiás (GO), Maguito Vilella. Para ele, a presidente Dilma teve a coragem cívica e moral de implementar o Mais Médicos.