CPI do Cachoeira envia dados sigilosos de investigados para Ministério Público
Parlamentares querem que órgão tire as próprias conclusões
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
Os parlamentares que compõem a CPI do Cachoeira decidiram, nesta terça-feira (18), enviar todas as informações sigilosas que receberam durante as investigações para o MPF (Ministério Público Federal) e para MP-GO (Ministério Público de Goiás). Dessa forma, a comissão se desvincula da responsabilidade da investigação para que os órgãos façam suas próprias análises, mesmo depois de encerrada a CPI.
De acordo com o relator da Comissão e autor do requerimento, deputado Odair Cunha (PT-MG), compartilhar os dados dos das quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico dos investigados permite que a investigação seja aprofundada.
— É importante que os órgãos de investigação permanente façam suas análises e tirem suas conclusões. Mas a CPI não pode se furtar de tirar conclusões de tudo o que viu e ouviu.
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O requerimento foi aprovado por unanimidade e comemorado pelo presidente da sessão, senador Vital do Rego (PMDB-PB).
— Esse é um marco. Agora, todo o trabalho desses últimos sete meses poderá ter continuidade nos órgão de investigação e controle permanente.
Mesmo votando a favor, o deputado Silvio Costa (PTB-PE) foi irônico ao comentar a aprovação do requerimento, dando a entender que esse tipo de compartilhamento deveria ser automática.
— Nós acabamos de votar a apoteose ao óbvio.