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Cresce o número de homicídios de mulheres negras e cai o de mulheres brancas

Diferença foi de alta de 54,2% para negras, e queda de 9,8% para brancas na década

Brasil|Alexandre Saconi, do R7

Mapa da Violência 2015 mostra uma disparidade no número de mulheres negras e brancas assassinadas
Mapa da Violência 2015 mostra uma disparidade no número de mulheres negras e brancas assassinadas

O número de mulheres negras assassinadas apresentou uma forte alta e o de mulheres brancas registrou queda em dez anos.

O número de mortes de mulheres negras passou de 1.864 casos em 2003 para 2.875 em 2013, alta de 54,2%.

As mulheres brancas tiveram um decréscimo no número de assassinadas em 9,8%, passando de 1.747 casos em 2003 para 1.576 em 2013.

Os dados são do Mapa da Violência 2015 — Homicídios de Mulheres no Brasil.


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O estudo ainda aponta que, com poucas exceções geográficas, a população negra é vítima prioritária da violência por homicídio no País.

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O Estado com maior elevação no número de mortes contra mulheres negras foi a Paraíba, com alta de 316% entre 2003 e 2013.

Na Paraíba também ocorreu a maior elevação no número de homicídios de mulheres, com alta de 300% na década. Esses números não refletema média nacional, mas apenas um recorte por Estado.

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Método mais utilizado

Os homicídios contra as mulheres diferem daqueles crimes cometidos contra os homens também no método para consumar o fato. Em 2013, 48,8% dos homicídios contra as mulheres foram cometidos por arma de fogo. Em seguida vem a categoria dos objetos cortantes/penetrantes, como facas, com 25,3% dos casos.

A utilização de objetos contundentes vem logo depois, em 8% dos casos, seguida de 6,1% de situações onde a maneira de consumar a morte foi o estrangulamento/sufocamento. Em 11,8% das situações foram utilizados outros métodos para os assassinatos.

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No mundo

O Brasil fica em quinto lugar no ranking mundial de homicídios contra a cada 100 mil habitantes. Com 4,8 casos a cada 100 mil habitantes em 2013, o Brasil fica atrás de El Salvador (taxa de 8,9), Colômbia (6,3), Guatemala (6,2) e Rússia (5,3).

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