Após ser notificado de que a sessão para votar a perda do mandato de deputado foi marcada para segunda-feira (12), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) informou nesta quinta-feira (8), por meio de sua assessoria de imprensa, que vai estar presente no plenário. A Secretaria-Geral da Câmara não havia conseguido notificar o deputado e optou por publicar o agendamento da sessão no Diário Oficial da União de hoje. Ainda não há garantias de que o parlamentar terá a palavra na sessão. Líderes partidários apostam que Cunha dificilmente conseguirá se salvar. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) é um deles. — A decisão será por esmagadora maioria pela cassação. Já o líder do Democratas, Pauderney Avelino (AM), lembrou da carta que Cunha enviou aos deputados. — A carta traz uma carga emocional muito grande e pede inclusive perdão por alguns erros, mas esta é uma questão política e não acredito que terá reversão de votos. Todos sabem a importância dessa votação para o país. O Brasil está de olho. Não devemos ter dificuldade para o quórum. Para Avelino, nem a estratégia de tentar replicar a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (fatiada no Senado e para decidir sobre perda do cargo e perda dos direitos políticos) surtirá resultado. — O que aconteceu no Senado não deve se repetir aqui na Câmara. Foi uma gambiarra da Constituição. É vedado fatiar da forma como foi feito. Deveremos nos ater ao Regimento [da Casa] e à Constituição. [O presidente da Câmara, Rodrigo] Maia deve seguir o Regimento da Casa e não se afastar do rito constitucional. Cunha será derrotado se 257 deputados votarem a favor da cassação. Os líderes preveem quórum de ao menos 400 parlamentares, de um total de 513.