Decisão do MP sobre processo por uso irregular de helicóptero ainda não chegou a Ideli Salvatti
Ministra deve responder por improbidade administrativa e devolver R$ 35 mil à União
Brasil|Carolina Martins, do R7, e Cláudia Gonçalves, da TV Record, em Brasília
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ainda não foi oficialmente notificada sobre o processo de improbidade administrativa por uso de um helicóptero oficial que o Ministério Público Federal, em Joinville (SC), decidiu abrir contra ela.
O Ministério Público concluiu que houve irregularidade por parte da ministra, que teria usado o helicóptero da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para cumprir agenda institucional, enquanto a prioridade da aeronave era atender vítimas de acidentes rodoviários, em parceria com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Ideli é convidada a explicar uso de helicóptero do Samu
Segundo um dos procuradores responsáveis pela ação, Mário Sérgio Barbosa, a utilização do helicóptero não respeitou a legislação.
— A utilização da aeronave foi feita fora das normas legais. A ministra cometeu um ato ilícito que deve ser corrigido.
De acordo com o procurador, a ideia é ajuizar a ação até o fim deste mês. Além de responder ao processo por improbidade administrativa (ato ilegal cometido por agente público no exercício da função), o Ministério Público quer que Ideli devolva R$ 35 mil aos cofres públicos, referentes as horas de voo do helicóptero.
Esse valor pode crescer porque, segundo o procurador Barbosa, ainda não foi calculado o tempo que a aeronave ficou à disposição da ministra.
— Era a única aeronave do Samu que estava disponível. Os R$ 35 mil são equivalentes ao tempo que o helicóptero esteve no ar, não leva em consideração todo o tempo que a aeronave ficou à disposição da ministra.
Além do ressarcimento, o Ministério Público também quer que Ideli Salvatti pague multa referente à irregularidade.
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