Defesa de Lula afirma que não cabia a Mendes definir quem dará continuidade às investigações
Advogados pediram ao ministro Zavascki que reafirme sua competência de análise das ações
Brasil|Do R7
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que não cabia ao ministro Gilmar Mendes definir o órgão que irá dar continuidade às investigações que envolvam o nome do ex-presidente. O ministro julgou pedidos de liminar para a suspensão de Lula do cargo de ministro da Casa Civil, protocoladas pelo PSDB e pelo PPS. Mendes decidiu que as investigações sejam analisadas pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância.
A petição destaca que não havia motivo para Mendes definir o órgão que irá levar adiante as investigações, uma vez que as liminares não contemplavam esse assunto. No documento, os advogados afirmam que que o ministro "extrapolou os limites".
A defesa pediu neste sábado (19) que o ministro Teori Zavascki reafirme sua competência para analisar os procedimentos que foram enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) na último quarta-feira (16).
Na última sexta-feira (18), a defesa já tinha pedido a Zavascki providências, com o objetivo de preservar o sigilo das gravações feitas por meio de grampo que envolveram, inclusive, os advogados do Lula. A ideia é que todas as petições que envolvam o pedido de quebra de sigilo telefônico de Lula sejam apreciadas por Zavascki, pelo menos nesta etapa preliminar.