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Defesa de Temer diz que Janot age com 'nítido viés político'

Na avaliação de Mariz, procurador-geral tenta impressionar a opinião pública com afirmação

Brasil|Do R7

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Rocha Loures foi detido na manhã deste sábado (3)
Rocha Loures foi detido na manhã deste sábado (3)

O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira declarou neste sábado (3), que o procurador-geral da República Rodrigo Janot age movido por "nítido viés politico". Mariz ficou indignado com afirmação do chefe do Ministério Público Federal de que o ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, é "um verdadeiro longa manus de Temer", ou seja, executor de crime ordenado pelo presidente.

— Dizer que o senhor Rocha Loures é longa manus do presidente constitui mais uma assertiva do procurador-geral desprovida de qualquer apoio nos fatos e, portanto, é uma afirmação fruto do seu desejo de pura e simplesmente acusar o presidente da República dentro de um quadro meramente ficcional.


Na avaliação de Mariz, o procurador-geral tenta impressionar a opinião pública com uma afirmação que apresenta-se não como uma declaração jurídica, mas com nítido viés político.

Segundo o defensor do presidente, Janot não poderia proceder assim "porque o procurador é o fiscal do cumprimento da lei que tem o compromisso com a verdade dos fatos e com o ideal da Justiça".


Rocha Loures só deve ser transferido para presídio na segunda-feira

Palácio acusa Janot


Assessores próximos de Michel Temer acusam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "irresponsabilidade jurídica e intelectual" ao afirmar que o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso neste sábado (3), pela Polícia Federal, é o "verdadeiro longa manus" do presidente. A estratégia do Palácio do Planalto, agora, será enfrentar o Ministério Público e o relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin.

Para embasar a crítica a Janot, auxiliares de Temer usam uma degravação feita pelo Palácio do Planalto da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.


Segundo eles, a Procuradoria-Geral da República escondeu um trecho da conversa na qual Temer faz a seguinte afirmação a Joesley: "Pode passar pro e-mail dele (Loures); é da minha mais estreita confiança." Nas versões da conversa que têm sido divulgadas até agora, a palavra "e-mail" aparece como "inaudível".

Na avaliação do Planalto, Temer não pediria para Joesley enviar um e-mail a Loures para tratar de assuntos impróprios. "Só uma pessoa com irresponsabilidade jurídica e intelectual poderia fazer uma afirmação dessas", disse um assessor próximo do presidente.

Ao reapresentar no STF o pedido de prisão preventiva de Rocha Loures, Janot o classificou como "homem de total confiança, verdadeiro longa manus do presidente da República, Michel Miguel Elias Temer Lulia". A expressão em latim significa executor de tarefas.

A prisão de Rocha Loures provocou muita preocupação no Palácio do Planalto. Nos bastidores, a avaliação do governo é a de que há uma parceria entre Janot e Fachin para desgastar o presidente.

Em conversas reservadas, assessores do Planalto dizem não acreditar que Rocha Loures incriminará o presidente simplesmente porque "não tem o que delatar".

Afirmam, porém, que tudo está sendo feito pela Procuradoria para pressionar Rocha Loures e "arrancar" uma delação contra Temer.

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