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Delator da Odebrecht revela repasse de propina a Aécio Neves em conta em Nova York, diz revista

Senador tucano, que teria recebido R$ 70 mi em pagamentos desde 2003, nega acusação

Brasil|Do R7

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Aécio foi implicado em delação de ex-executivo da Odebrecht
Aécio foi implicado em delação de ex-executivo da Odebrecht

O senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) teria recebido propina da Odebrecht em uma conta-corrente de um banco sediado em Nova York, nos Estados Unidos, operada pela irmã dele, a jornalista Andrea Neves.

A informação está na edição deste sábado (1º) da revista Veja e foi dada pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior, o BJ, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.


O dinheiro teria sido depositado em troca do atendimento de interesses da Odebrecht em obras como a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte (MG), sede do governo mineiro, e a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, localizada em Rondônia — a Cemig, estatal mineira de energia elétrica, era uma das principais empresas do consórcio que ganhou o direito que fazer a obra.

Esses repasses, segundo BJ, eram chamados de "contrapartida".


Andrea Neves é responsável pela administração da imagem política do irmão Aécio, inclusive ela assumiu a área de comunicação do governo de Minas Gerais nas duas gestões do tucano. Aliados a consideram linha dura e os adversários de Aécio a acusam de praticar censura a veículos de comunicação mineiros que falavam mal do tucano.

Via assessoria de imprensa, Aécio afirmou à revista que a acusação contra ele é "falsa e absurda". Também disse que "se confirmadas tais declarações — vazadas ilegalmente —, elas precisam necessariamente de comprovação, dada a gravidade de seu conteúdo".


A irmã de Aécio também se pronunciou e disse à revista que a declaração de BJ é "falsa e covarde". O comunicado da irmã do tucano diz ainda ser "lamentável que afirmações dessa gravidade sejam divulgadas sem que seja checada antes a sua veracidade. Assim que forem apresentados os dados que permitam identificar o banco e a conta, vou cuidar pessoalmente de provar a falsidade da acusação". 

Não é a primeira vez que o nome de Aécio Neves é citado por um delator da Odebrecht. Em março, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem em que informava sobre o recebimento de R$ 50 milhões pelo tucano da empreiteira baiana.


Com base nas delações premiadas da Odebrecht, a PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu 83 inquéritos para investigar políticos e pessoas ligadas a eles — seis deles se referem a Aécio Neves. O conteúdo das delações indicam que o tucano levou cerca de R$ 70 milhões da empreiteira, desde 2003 até o momento, em troca de vantagens a elas em licitações de obras públicas.

Depois de Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, BJ é o segundo delator — entre os 78 colaboradores e ex-funcionários da empreiteira que fecharam acordos com a Justiça — mais importante para os investigadores.

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