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Depois de usar helicóptero, Pimentel restringe uso de aeronaves

 A medida restringiu voos do vice e de secretários, mas não impôs limites às viagens do petista

Brasil|Do R7, com Agência Estado

Fernando Pimentel, governador do Estado de Minas Gerais
Fernando Pimentel, governador do Estado de Minas Gerais Fernando Pimentel, governador do Estado de Minas Gerais

Em decreto publicado em outubro, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), regulamentou o uso de aeronaves públicas por autoridades do Estado. A medida restringiu voos do vice e de secretários, mas não impôs limites às viagens do petista. A justificativa da restrição ao uso das aeronaves foi a crise financeira no Estado.

Durante as festas de final de ano, o governador utilizou uma das aeronaves do governo para buscar filho em festa

Entre helicópteros e aviões, as aeronaves do governo de Minas são divididas em dois grupos: especial e geral. O especial, no qual está incluído o helicóptero utilizado por Pimentel para buscar o filho no fim de semana, após uma festa de réveillon, é de uso exclusivo do governador. Segundo a assessoria do Palácio Tiradentes, no entanto, a aeronave pode ser destinado também ao transplante de órgãos e pela Defesa Civil.

Já o geral é voltado para o vice e secretários. O decreto de outubro do ano passado, que altera decisão anterior de 2005, afirma que "em razão da crise financeira, da necessidade de controle dos gastos públicos e diante dos custos envolvendo operações com aeronaves do governo, fica temporariamente restrita a utilização das aeronaves do grupo de transporte geral" pelo período de 360 dias, a contar de 13 de outubro de 2016. O texto, no entanto, não aborda o uso dos aparelhos do grupo especial.

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O decreto de 2005 é de autoria do então governador Aécio Neves (PSDB), hoje senador, e afirma que as aeronaves do grupo especial "destinam-se ao atendimento do governador do Estado, em deslocamento de qualquer natureza, por questões de segurança". A determinação criada pelo tucano é citada pelo atual governador em sua defesa.

Autorizações

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O decreto de Pimentel determina ainda concentração das autorizações de voos nas mãos do governador. Conforme o texto, viagens das autoridades públicas podem ocorrer somente para representação do chefe do Poder Executivo estadual em cerimônias ou, ainda, em caso de missões oficiais, mediante consulta a Pimentel.

Segundo o governo do Estado, três aeronaves fazem parte do chamado grupo especial. Um jato e dois helicópteros. No grupo geral estão alocados um jato modelo Learjet, dois King Air e um Embraer Xingu, "sendo que dois estão fora de operação devido a manutenção".

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O Estado diz ainda ser "importante esclarecer que, embora haja aeronaves para uso pela Governadoria, não trata-se de uso exclusivo."

No início da tarde desta quarta-feira (4), o Governo de Minas Gerais se pronunciou sobre o caso: 

O Governo de Minas Gerais esclarece que o governador Fernando Pimentel não usará as aeronaves que estão sendo adquiridas para atendimento a toda a população do Estado, em casos de resgate pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar.

Os recursos para a compra dessas aeronaves são oriundos do Fundo Estadual de Saúde e, por esse motivo, nenhuma autoridade pode usar para o seu transporte. As aeronaves terão a finalidade de resgatar pessoas para atendimento, conforme orientado pelo edital de compra.

A aquisição visa reforçar a frota do Estado para atuação nas áreas de defesa civil.

O objetivo do Governo do Estado é, até o fim deste mandato, criar um comando aéreo e disponibilizar, assim, um helicóptero para ações de resgate em cada uma das regiões de Minas Gerais, estado brasileiro com o maior número de municípios, 853 – sendo que grande parte deles possui menos de 5 mil habitantes, o que dificulta manter estruturas permanentes de atendimento em casos de resgate.

A previsão é que a primeira aeronave seja entregue em agosto deste ano e, a outra, até o próximo mês de dezembro. O pagamento somente será realizado a partir da entrega, conforme consta das normas que regem as aquisições por parte do poder público, seguindo o trâmite normal previsto em editais.

O reforço da frota de aeronaves, além de necessário, já constava no planejamento do Gabinete Militar, que coordena a Defesa Civil do Estado.

Uma das finalidades do decreto de calamidade financeira aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado é justamente, em um quadro de escassez de recursos, poder priorizar o atendimento em áreas fundamentais, como a Saúde e a Defesa Civil.

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