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Deputado encerra sessão que votaria veto ao reajuste do Judiciário e revolta oposição e galerias

Eles veem o dedo do Planalto na ação que impediu votação que poderia impor derrota ao governo

Brasil|Do R7

O Plenário da Câmara viveu momentos de tensão nesta quarta (2)
O Plenário da Câmara viveu momentos de tensão nesta quarta (2) O Plenário da Câmara viveu momentos de tensão nesta quarta (2)

Deputados e senadores de oposição acusaram o Palácio do Planalto de interferir na sessão desta quarta-feira (2) do Congresso que votaria os vetos da presidente aos projetos que reajustam o salário dos servidores do Judiciário e que adotam um novo modelo de aposentadoria no País em substituição ao Fator Previdenciário. As duas medidas oneram a União e não são bem vistas pelo governo.

Quando faltava a presença de apenas quatro senadores para dar quórum e iniciar a votação dos vetos, o presidente da sessão, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente da Câmara, a encerrou rapidamente apesar do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) estar discursando na tribuna.

A medida de Maranhão foi encarada como tendo sido realizada a pedido do Palácio do Planalto que temia ver a votação dos vetos iniciada sob risco de vê-los rejeitados, o que significaria uma derrota para a presidente Dilma Rousseff.

Sávio foi um dos primeiros a se rebelar contra a decisão da direção da Mesa do Congresso.

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— O que aconteceu aqui foi um golpe. É algo gravíssimo, muito além de uma simples manobra pois o quórum, se não ainda não permitia votar, não impedia a discussão das matérias.

Uma comissão de deputados e dois senadores foi ao gabinete do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que prometeu votar os vetos até a semana que vem. Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o fim precipitado da sessão foi um estupro.

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— O que sei viu aqui foi uma violência, um estupro contra o Congresso, uma arbitrariedade inédita.

Para o governista Silvio Costa (PTB-PE), entretanto, o encerramento da sessão foi regimental e legal.

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— Não havia quórum para iniciar a votação. O presidente da sessão agiu corretamente.

Toda a movimentação dos parlamentares era acompanha por aproximadamente 40 servidores do Judiciário que gritavam a frase reabre a sessão, reabre a sessão, reabre a sessão.

Deputados e senadores iam aprovar ou rejeitar os vetos do Planalto a projetos polêmicos, como o que garanteuma alternativa ao fator previdenciário – mecanismo usado para calcular a aposentadoria – e o que prevê o reajuste das remunerações do Poder Judiciário em até 78,56%.

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