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Deputado Ônyx tinha apelido de "inimigo" pela Odebrecht

Parlamentar nega envolvimento: "Se descobrir uma foto minha na empresa, eu renuncio"

Brasil|Do R7

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Lorenzoni é acusado de receber R$ 175 mil via caixa 2
Lorenzoni é acusado de receber R$ 175 mil via caixa 2 Marcelo Camargo/Agência Brasil

Relator do projeto das Dez Medidas de Combate à Corrupção na Câmara, o deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) recebeu o apelido de "inimigo" na planilha da Odebrecht. Ele é acusado de receber R$ 175 mil via caixa 2 para sua campanha de 2006 e será investigado em um dos inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em seu depoimento, o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar disse que tinha como uma das funções na empreiteira "observar, intuir e perceber potenciais candidatos que poderiam crescer e dar destaque" no mundo político. Onyx, segundo o delator, foi identificado como um desses quadros, e foi procurado porque a Odebrecht queria tê-lo "como um parceiro futuro nas suas atividades de deputado federal".


"Ele era uma pessoa importante, era uma pessoa, um jovem impulsivo, lutador, que precisávamos mantê-lo próximo, procurei o candidato a deputado, na época ele era candidato pelo "PFL" e procurei, dizendo do interesse nosso de nos aproximarmos, de que seria importante fazermos doações pra campanha dele", relatou Alexandrino.

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Segundo o ex-executivo, a reunião com Lorenzoni foi ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e, na ocasião, o deputado gaúcho não demonstrou nenhuma "rejeição" em receber o dinheiro via caixa 2, prática comum adotada pela empreiteira naquela época para não chamar atenção da imprensa.

A operação foi registrada no sistema de informática "Drousys", que controlava as transações do "banco da propina" da Odebrecht. De acordo com Alexandrino, a doação não foi informada à Justiça Eleitoral.


Durante a discussão sobre o pacote anticorrupção na Câmara, Lorenzoni ganhou destaque por defender o texto elaborado pelo Ministério Público Federal e ficar ao lado da força-tarefa da Lava Jato. Em seu relatório, ele manteve a proposta de criminalizar a prática de caixa 2, mas reduziu as penas.

Pelas redes sociais, o deputado negou o recebimento de caixa 2. "Eu estou surpreso, indignado, revoltado, com essa citação nas delações da Odebrecht. Quero deixar claro que eu tenho 24 anos de vida pública limpa, e ela vai continuar limpa, sempre me separei dessa lambança que lamentavelmente tem aqui no Brasil. Não devo e não temo", afirmou.


Ele também disse que nunca esteve na sede da Odebrecht.

— Se alguém descobrir uma foto minha ou qualquer registro de entrada minha na empresa, eu renuncio ao mandato.

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