Dilma diz que reforma equilibra coalizão e faz menção a governo até 2018
Presidente volta a frisar necessidade de Estado mais preparado e com equilíbrio fiscal
Brasil|Do R7, em Brasília
Ao empossar 11 novos ministros nesta segunda-feira (5), a presidente Dilma Rousseff disse que a reforma administrativa equilibra a coalização que governa o País junto com ela, numa referência principalmente ao PMDB, principal partido da base aliada e que ficou mais forte. A presidente afirmou que todos querem um Estado mais preparado para realizar o reequilibrio fiscal para a retomada do crescimento e cobrou trabalho dos ministros para efetuar o ajuste.
— Dialoguem com a sociedade, com os empresários e com os movimentos sociais. Façam mais com menos.
A presidente voltou a falar das ações de seu governo na área social e citou dados da formação profissional custeada pelo governo e da expansão das exportações. Ela fez recomendações a cada um dos ministros com foco na qualidade da gestão e fez questão de mencionar o ano de 2018 quando encerra seu mandato.
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Ao ministro da secretaria de governo, por exemplo, Ricardo Berzoini, Dilma pediu atenção às micro e pequenas empresas. Ao ministro Aldo Rebelo, da Defesa, a presidente salientou o papel das Forças Armadas na defesa das fronteiras e em grandes eventos como a Rio 2016.
A presidente citou uma nova etapa do ciclo do desenvolvimento focada na pesquisa e no avanço tecnológico e disse ter certeza de que isso será obtido com o empenho do pemedebista Celso Pansera, novo ministro da Ciência e Tecnologia.
— Nosso propósito e fazer o mais breve possível a travessia para essa nova etapa do desenvolvimento para os brasileiros até 2018.
O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI) não teve sossego para receber os cumprimentos pela posse. Ele foi implacavelmente assediado pela imprensa após as declarações dele na semana passada de que a CPMF deveria ser duplamente cobrada dos brasileiros. Ele disse que falará sobre o assunto apenas na terça-feira (6) quando receber o cargo em cerimônia na pasta.
Tomaram posse os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação), Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Aldo Rebelo (Defesa), André Figueiredo (Comunicações), Nilma Lino Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Elder Barbalho (Secretaria de Portos), General de Divisão Marcos Antonio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional) e Miguel Rosseto (Trabalho e Previdência).