Depois de reunião bilateral com a presidente da República, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (4), o presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, disse que ela está tranquila e não viu problemas em explicar a situação sobre o processo de impeachment acolhido na Câmara dos Deputados.
Macri afirmou ainda que, apesar da crise política, ele tem confiança nas instituições brasileiras, e acredita que isso não vai atrapalhar as negociações sobre o futuro do Mercosul, bloco do qual ele defende a saída da Venezuela e o fechamento de acordo comercial com a União Europeia.
No gabinete do Palácio do Planalto, do lado brasileiro, participaram da reunião os ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Macri trouxe com ele a futura chanceler da Argentina, Susana Malcorra.
Macri ratificou a posição de suspender os venezuelanos do bloco comercial sul-americano, em discordância com o que defende Dilma. Ele também conversou com a presidente sobre a retomada das negociações comerciais, depois de problemas sobre exportações entre os dois países durante o governo de Cristina Kirchner.
Depois da visita a Brasília, ainda nesta sexta-feira, Macri viajará para São Paulo para um encontro com empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), para falar das relações comerciais entre Brasil e Argentina.