Dilma promete manter valorização do mínimo e critica defensores do arrocho salarial
Em mensagem aos trabalhadores, presidente garante que vai proteger direitos trabalhistas
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu pronunciamento em homenagem ao Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (30), para reafirmar seu compromisso com a política de valorização do salário-mínimo e criticar os adversários que são contra a medida.
Durante a mensagem, Dilma afirmou que o reajuste do salário mínimo é o que possibilita a redução da desigualdade no País e que não se abala com as críticas de quem defende o arrocho salarial.
— Assumo o compromisso de continuar a política de valorização do salário-mínimo. Algumas pessoas reclamam que o nosso salário-mínimo tem crescido mais do que devia. Dizem que a valorização do salário-mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores. Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial.
No pronunciamento, Dilma aproveitou para lembrar que, mesmo com um cenário internacional problemático do ponto de vista da economia, o Brasil conseguiu manter os níveis de emprego. Para a presidente, manter um salário-mínimo reajustado de acordo com os índices de inflação e não sofrer com o desemprego demonstra que o País tem estabilidade suficiente para vencer quaisquer desafios.
Nesse sentido, ela promete intensificar os esforços para atender as reivindicações por maior transparência no governo e por mais qualidade nos serviços públicos.
— É com esse sentimento que garanto a vocês que temos força para continuar na luta pelas reformas mais profundas que a sociedade brasileira tanto precisa e tanto reclama: nas reformas para aperfeiçoar a política, para combater a corrupção, para aumentar a transparência, para fortalecer a economia e para melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Reforma Política
A presidente Dilma Rousseff também lembrou, durante seu pronunciamento, que a reforma política é a melhor maneira de conseguir as mudanças almejadas pela população. Para Dilma, sem uma profunda modificação, não há condições de construir uma nova sociedade.
Essa modificação, segundo a presidente, precisa ser discutida com toda a população. Por isso, ela voltou a pedir apoio para o plebiscito que ela sugeriu para consultar a sociedade sobre os tópicos da reforma política.
— Encaminhei ao Congresso Nacional uma proposta de consulta popular para que o povo brasileiro possa debater e participar ativamente da reforma política. Sempre estive convencida de que sem a participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige. Por isso, além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora.
A mensagem aos trabalhadores durou cerca de dez minutos e foi transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão para todo o País.