Dilma se defenderá pessoalmente no Senado
Presidente confirmou nesta quarta-feira que irá ao Congresso
Brasil|Do R7, com Estadão Conteúdo

Após muita especulação, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (17) ao jornal Folha de S.Paulo que irá pessoalmente ao Senado se defender na fase final do processo de impeachment.
Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia dito que telefonaria para Dilma para saber se ela faria a defesa pessoalmente. O julgamento está marcado para começar no próximo dia 25.
Calheiros afirmou que a presença da presidente afastada no plenário muda toda a dinâmica do julgamento.
— Esse é um dado que terá consequências. Cada senador poderá interpelar ou não poderá interpelar? Isso terá que ser definido.
À Folha de S.Paulo, Dilma disse não temer eventuais atitudes agressivas por parte dos senadores.
— Nunca tive medo disso. Aguentei tensões bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia.
Também na terça-feira, a presidente afastada leu uma carta em que voltou a falar que a confirmação do impeachment representa "um golpe de Estado". Segundo Dilma, "o colégio eleitoral seria substituído por um colégio eleitoral de 81 senadores, seria inequívoco golpe, seriam eleições indiretas".
A petista disse também que está convencida da necessidade de o País realizar um plebiscito para apurar junto à população a necessidade de novas eleições presidenciais.
— A democracia é o único caminho para a construção de um pacto para a unidade nacional. É o único caminho para sairmos da crise, por isso a importância de assumirmos um compromisso com um plebiscito e a reforma política. [...] Estou convencida da necessidade e darei apoio a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a eleição antecipada e a reforma eleitoral.















