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Dinheiro que custeava conta de luz deve ser usado para garantir R$ 10 milhões a cada novo deputado e senador 

Verba para parlamentares recém-empossados foi promessa de presidentes da Câmara e Senado

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Relator do orçamento, senador Romero Jucá precisou redirecionar despesas para garantir emendas parlamentares
Relator do orçamento, senador Romero Jucá precisou redirecionar despesas para garantir emendas parlamentares Relator do orçamento, senador Romero Jucá precisou redirecionar despesas para garantir emendas parlamentares

A proposta de Orçamento da União para 2015, que deveria ter sido aprovada no fim do ano passado, deve ir à votação em sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira (17). Além de dobrar o dinheiro destinado ao fundo partidário, o relator do projeto, senador Romero Jucá, teve de fazer malabarismo com as contas para garantir os R$ 10 milhões para cada novo parlamentar da Câmara e do Senado este ano.

O dinheiro foi prometido durante campanha das eleições internas do Congresso. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiram que os deputados e senadores que tomassem posse em 2015 também seriam beneficiados pela regra do Orçamento impositivo, que obriga o Planalto a repassar verba para os congressistas atuarem em suas bases eleitorais.

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Mas, como não havia previsão orçamentária para esse gasto, o relator precisou redirecionar os recursos que estavam previstos para outro fim. A informação é de que o dinheiro do CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) pode ser uma das fontes usadas para pagar os R$ 10 milhões a cada novo parlamentar.

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O CDE é um fundo usado para o desenvolvimento do sistema de energia elétrica do País. O dinheiro estava sendo empregado no financiamento do desconto nas contas de luz, aprovado pelo Planalto em 2012.

No entanto, com esforço fiscal do governo para equilibrar as contas públicas, o desconto foi cancelado e, consequentemente, as tarifas de energia foram reajustas. Com isso, os recursos do fundo ficaram disponíveis.

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Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, R$ 2,7 bilhões do fundo, que deveriam ser economizados e usados para a recuperação das contas do governo, serão direcionados para o pagamento das emendas parlamentares.

Como as emendas são de interesse direto dos congressistas, a tendência é que a nova destinação do fundo de energia seja aprovada com facilidade. O texto está pronto e foi redigido pelo relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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No entanto, Jucá não se pronuncia sobre o assunto. A assessoria afirma apenas que tudo foi pensado de forma a “preservar o resultado fiscal que o governo estipulou”.

Nos bastidores, a informação é de que o redirecionamento das despesas faz parte do acordo firmado com o Planalto para o Congresso aprovar o Orçamento e as medidas da política fiscal que o governo precisa para equilibrar as contas públicas. 

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