Dirceu lamenta morte de Gushiken e relembra ‘broncas homéricas’ de ex-ministro
Gushiken morreu ontem aos 63 anos, após perder a batalha contra um câncer de estômago
Brasil|Do R7
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, lamentou neste sábado (14) a morte do ex-ministro Luís Gushiken. Dirceu publicou uma nota em seu site relembrando a trajetória do sindicalista e um dos fundadores do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Gushiken morreu na última sexta-feira (13) aos 63 anos, após perder a batalha contra um câncer de estômago. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. De acordo com as palavras de Dirceu, Gushiken "não está mais entre nós" e "não dará mais suas broncas homéricas e não nos ensinará mais como viver com dignidade e feliz".
— Perdemos um companheiro e um amigo. O Brasil e nosso povo perdem um lutador. O PT perde um pouco de sua alma. Nós perdemos Gushiken, mas ficamos com seus exemplos de vida, de dignidade, de coragem. Isso mesmo: de coragem e acima de tudo sua disposição de luta.
Na publicação, Dirceu também relembrou que Gushiken também estava no caso do mensalão “ele foi denunciado e sem respeito à presunção da inocência. Como todos nós.”
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentaram a morte de Luiz Gushiken, fundador do PT e ex-ministro do governo Lula.
Gushiken era tratado há doze anos de um câncer no estômago e morreu em decorrência de "falência de múltiplos órgãos, ocasionada por um sangramento e obstrução intestinal", segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês.
Por meio de nota, Dilma se referiu ao ex-ministro como um amigo.
— A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartilhar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte.
O corpo do ex-ministro foi enterrado por volta das 16h30 deste sábado no cemitério Redentor, na zona oeste de São Paulo (SP).