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“Dormi muito bem”, diz ministra sueca após anúncio da compra dos 36 caças da SAAB

Brasil|Wellington Calasans, especial para o R7, em Estocolmo

Ewa Björling trabalhou duramente para que o negócio saísse
Ewa Björling trabalhou duramente para que o negócio saísse

O clima de euforia vivido pelos suecos após o governo brasileiro anunciar a preferência pelos caças da SAAB ainda é visível quando o assunto é política e economia. O R7 falou com uma das principais personagens dessa negociação que durou aproximadamente dez anos, a ministra do Comércio Exterior da Suécia, Ewa Björling.

Se para muitos a excitação decorrente da alegria faz uma pessoa perder o sono, na ministra Ewa o efeito parece ter sido o oposto. Com bom humor, Ewa Björling explica como recebeu a notícia da decisão do Brasil pela compra dos 36 Gripen NG da sueca SAAB.

— Claro que eu dormir bem! Foi uma grande e importante notícia. Durante muito tempo eu fui ministra da Coordenação para o Brasil no governo sueco e, por isso, foi um prazer a mais para mim quando a decisão foi divulgada. Não apenas pela decisão em si, mas também porque são muitas outras oportunidades que se abrem em diferentes parcerias em diversas áreas. Por isso, foi muito bom para a Suécia e para o Brasil.

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E, se um negócio para ser bom deve sê-lo para todas as partes envolvidas, na visão da ministra sueca esta parceria significa muito mais que a compra e venda de aviões. Para ela, Brasil e Suécia ficam ainda mais próximos.

— O Brasil hoje é o nosso mais importante mercado de exportação na América Latina. Por deve haver ainda mais negócios entre os nossos países. Entre outras coisas, eu estou pensando no setor de energia e, principalmente, em energia limpa. Também em pesquisa científica na área de florestas, que já existe, em tecnologia da informação e muitas outras áreas. Eu acho que essa parceria vai surtir um grande efeito para ambos em desenvolvimento e negócios em geral. Dessa forma é que criamos oportunidades de emprego na Suécia e no Brasil.


Depois de tantos anos de dedicação para que o negócio fosse consolidado, a ministra Ewa atribui à transferência de conhecimentos o principal motivo para que o Brasil decidisse pelos caças suecos.

— Não apenas o valor, mas também a excelência do Gripen e a transferência de know-how na área técnica, pois estamos abertos ao acesso às tecnologias que já temos e o desenvolvimento em parceria.


Comparada a reação dos suecos, após o anúncio, com a forma como o brasileiro celebra um título de uma Copa do Mundo de futebol, a ministra, aos risos, preferiu “driblar” na resposta.

— Eu não acho que devemos misturar futebol com isso, ainda que o futebol seja muito importante para os suecos. Muitos suecos ainda estão muito decepcionados por não estarmos na Copa do Mundo do Brasil, mas, claro! isso funciona como um band-aid na ferida. Eu também sei que muitos suecos são orgulhosos do avanço da nossa indústria e orgulhosos que o Brasil tenha escolhido a Suécia.

Segundo Ewa Björling, as festas de fim de ano deram lugar ao trabalho duro. A ministra diz que os primeiros passos após o anúncio da compra exigem a dedicação e o empenho de muitas pessoas envolvidas.

— Teremos muitos contatos em diferentes níveis agora. Entre os nossos países, mas também entre SAAB e Brasil. E eu já sei que várias pessoas, mesmo sendo próximo do Natal, deram o pontapé inicial nesse processo. Exatamente agora vamos precisar de muitos contatos, mas eu estou confiante e tenho boas expectativas de que isso venha a ser realizado com sucesso.

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