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Embaixador da Venezuela falta a cerimônia de entrega de credenciais pela segunda vez

Brasil|

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Na segunda cerimônia de entrega de credenciais de embaixadores feita pelo presidente interino, Michel Temer, o embaixador da Venezuela no Brasil, Alberto Efraín Castellar Padilla, não compareceu mais uma vez.

Indicado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Castellar não compareceu à primeira cerimônia para a qual foi chamado, no dia 25 de maio, duas semanas depois do afastamento de Dilma.

Na época, logo depois de declarações duras de Maduro contra o impeachment, Castellar alegou que estava doente para não comparecer à cerimônia com Temer. Duas semanas antes, depois da aprovação do afastamento de Dilma pela Câmara, o embaixador foi convocado a Caracas por Maduro, em um gesto de desaprovação ao governo interino.

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Maduro classificou o processo de impeachment como "golpe de Estado parlamentar", "uma injustiça contra Dilma" e "uma canalhice contra sua honra e contra a democracia".

Na época, o Palácio do Planalto chegou a dizer, nos bastidores, que Castellar não havia sido convidado. No entanto, a praxe nos meios diplomáticos é que todos os embaixadores acreditados no país sejam notificados da data em que poderão ser recebidos pelos presidente e informem se poderão ou não comparecer.

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O mesmo foi feito desta vez. Castellar estava na lista inicial de 15 embaixadores a serem acreditados, mas informou que não poderia comparecer.

A Reuters consultou a embaixada da Venezuela e foi informada de que Castellar ainda se encontra em Caracas e não voltou ao Brasil desde a metade de maio. A embaixada não confirmou se Castellar ainda estaria doente.

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Na tarde desta quinta-feira, o presidente interino recebeu as credenciais de 11 embaixadores. Entre eles o da Argentina, Carlos Alfredo Magariño; da Colômbia, Alejandro Borda Rojas; e da Bolívia, José Kinn Franco. Três outros embaixadores previstos na lista inicial, do Barein, da Islândia e do Butão --os dois últimos não-residentes-- avisaram também que não poderiam comparecer.

A entrega de cartas credenciais é um ato protocolar em que os embaixadores estrangeiros levam ao presidente brasileiro a mensagem dos seus chefes de Estado informando que serão oficialmente os representantes no país.

A falta deste ato, no entanto, não impede sua atuação, já que eles são oficialmente acreditados ao se apresentarem ao Itamaraty. Dilma chegou a ficar um ano e meio sem receber embaixadores.

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(Reportagem de Lisandra Paraguassu; Edição de Eduardo Simões)

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