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Empresa ligada a Padilha é suspeita de receber R$ 13 milhões de maneira irregular

Valores são referentes a aditivos e dispensa de licitação em contratos com estatal do RS

Brasil|Do R7

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A Explorer funciona em prédio de uma das empresas de Padilha
A Explorer funciona em prédio de uma das empresas de Padilha

A empresa Explorer Call Center, ligada ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, recebeu R$ 13 milhões em contratos que estão sob investigação. De acordo com reportagem do Portal UOL, entre os indícios de irregularidades encontrados por auditorias realizadas pelo TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul), estão o pagamento por serviços não prestados e uma "procrastinação" para a realização de nova licitação.

Os negócios foram feitos com a empresa gaúcha Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), uma das maiores estatais do Rio Grande do Sul. Segundo o tribunal, a avaliação das contas da companhia está atrasada desde 2010.


A Explorer Call Center foi aberta em setembro de 2009. Desde então, sua sede funciona em um prédio alugado que pertence à Gaivota Participações LTDA, empresa que tem Padilha e sua mulher, a advogada Simone Camargo, como sócios. Além disso, um dos filhos do ministro, Robinson Eliseu Reck Padilha, é um dos principais advogados da Explorer Call Center em processos trabalhistas movidos contra a empresa.

Por meio de assessoria de imprensa, Padilha disse ao Portal UOL que não iria se pronunciar sobre o caso. Procuradas, a Corsan e a Explorer não retornaram às ligações. O TCE-RS disse que já notificou os responsáveis pelas irregularidades e que aguarda o julgamento dos casos.


Padilha foi citado em relatório da Polícia Federal sobre a operação Lava Jato que mostrou tentativas do ministro para captar negócios para a Explorer Call Center junto à operadora Oi em 2014. Ele nega irregularidades na atuação em favor da empresa.

Contrato firmado pela Explorer com a Corsan em 2010 após licitação foi “aditivado” ano após ano. Em 2012, quando deveria ser encerrado, foi estendido por mais quatro anos e, em 2016, a companhia fez uma dispensa de licitação para contratar novamente a Explorer Call Center, desta vez por seis meses, até nova licitação.


A nova licitação, feita em julho de 2016, foi vencida pela Explorer Call Center. Documentos da Corsan obtidos pela reportagem mostram que ela foi a única empresa a participar da disputa.

Entre aditivos e dispensa de licitação, a Explorer recebeu R$ 13 milhões. A Lei de Licitações prevê que contratos de prestação de serviços como os de call center podem ser renovados por até 60 meses, mas a demora da Corsan em realizar um novo processo licitatório chamou a atenção dos auditores do TCE-RS.

A matéria também mostra que os auditores gaúchos identificaram que a Explorer recebeu por serviços que não prestou entre 2010 e 2012.

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