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Entenda a operação Lava Jato 

Autoridades brasileiras investigam esquema de lavagem de dinheiro 

Brasil|Do R7, com agências

A PF (Polícia Federal) iniciou no dia 17 de março a operação Lava Jato contra um esquema criminoso que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões em transações financeiras ilegais que envolveram principalmente atividades de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A investigação levou a prisão do doleiro Alberto Youssef, que se tornou o pivô das denúncias contra a Petrobras após aceitar colaborar com a Justiça por meio da delação premiada.

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De acordo com a PF, os articuladores do esquema de lavagem e evasão de divisas tinham como supostos clientes pessoas físicas e jurídicas que teriam envolvimento com outras atividades ilícitas, como o narcotráfico, corrupção, sonegação fiscal, contrabando, entre outras.

Petrobras

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A operação Lava Jato ganhou grande repercussão nacional após a divulgação da suposta ligação entre o doleiro Youssef e os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, este último preso nesta sexta-feira (14). Os dois ex-funcionários da estatal teriam utilizado o esquema para lavar dinheiro de propinas oriundas de contratos superfaturados.

Paulo Roberto Costa e o doleiro são acusados de desviar recursos das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. De acordo com o Ministério Público, os desvios nas obras da refinaria ocorreram por meio de contratos superfaturados feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014.

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Segundo o MPF, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou mais de R$ 20 bilhões. De acordo com a investigação, os desvios tiveram a participação de Costa, então diretor de Abastecimento, e de Alberto Youssef, dono de empresas de fachada.

Na defesa prévia apresentada à Justiça, os advogados do ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões, foram decorrentes de serviços de consultoria. No entanto, de acordo com o juiz, a Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de que os serviços foram prestados.

Empreiteiras

Foram realizados nesta sexta-feira (14) mandados de busca e apreensão nas empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior, OAS, Odebrechet, Queiroz Galvão e UTC. Tais companhias possuem 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras, informou a PF.

Boa parte destes contratos está sob investigação da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal, disseram investigadores em entrevista coletiva em Curitiba.

As autoridades disseram que ainda não podem divulgar os nomes das pessoas presas e das empresas envolvidas já que a operação ainda está em andamento. A divulgação deve ser feita até o fim desta sexta-feira.

Fase final

Na última terça-feira (11), o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, concedeu prazo de dez dias para o MPF (Ministério Público Federal) e os advogados dos réus apresentem as alegações finais na principal ação penal oriunda da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Com a decisão, a fase de depoimentos foi encerrada e as sentenças dos acusados serão proferidas após as manifestações.

Os demais processos da operação Lava Jato também estão no fim da fase de instrução, na qual os depoimentos de acusação e de defesa são ouvidos. Além de desvios de dinheiro público, segundo a PF, a quadrilha é acusada de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

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