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Entidades e movimentos sociais fazem atos neste domingo

Após vazamentos de delações, grupos vão as ruas para pedir eleições diretas

Brasil|Do R7

Manifestantes foram às ruas no dia em que delações vieram à tona
Manifestantes foram às ruas no dia em que delações vieram à tona Manifestantes foram às ruas no dia em que delações vieram à tona

Entidades como Frente do Povo Sem Medo, UNE, CUT, Frente Brasil Popular, Força Sindical e Levante Popular da Juventude organizam manifestações para este domingo (21) contra o presidente Michel Temer (PMDB) e a favor da antecipação de eleições gerais diretas.

As manifestações estão previstas para acontecer em diversas cidades brasileiras, como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Fora do Brasil também está programado um ato na Union Square Park, em Nova York. Em São Paulo, o ato está marcado para 15h na avenida Paulista.

Os atos foram convocados após divulgação do conteúdo de delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS, apontar que Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente nega a informação e diz que as gravações divulgadas foram editadas

O Movimento Vem Pra Rua Brasil e o MBL (Movimento Brasil Livre) decidiram cancelar a convocação para que os brasileiros fossem às ruas contra o presidente. Em comunicado, o grupo Vem Pra Rua afirma que uma nova data será definida para a realização do ato.

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Entenda a crise deflagrada por Joesley Batista

Na quarta-feira (17) a noite, através de sua página na internet de internet, o jornal O Globo denunciou que diálogos gravados em 7 de março deste ano pelo empresário Joesley Batista com Michel Temer mostrariam que o presidente deu aval a uma suposta compra de silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a divulgação dos áudios o episódio não fica claro.

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Ao lado do irmão Wesley, Batista é proprietário do frigorífico JBS, dono da marca Friboi e maior doador de campanhas em 2014, repassando ao todo R$ 391 milhões que apoiaram a vitória da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, além de seis governadores e 164 deputados federais naquele ano.

As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. O pedido de inquérito foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

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Nos diálogos com o empresário, em 24 de março, Aécio menciona barrar a Operação Lava Jato e anistiar o caixa dois no Congresso. O tucano ainda menciona matar o responsável por receber a propina “antes de fazer delação”.

Após as gravações de Temer e Aécio, os irmãos Batista acordaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores os áudios produzidos. Eles são investigados, no entanto, por enriquecimento de U$ 1 bilhão ao especular na bolsa de valores e com dólares horas antes da divulgação das conversas.

Michel Temer se pronunciou duas vezes desde a divulgação das gravações. Na primeira oportunidade, em em 18 de maio, anunciou que não renunciaria ao cargo. No sábado, 20 de maio, afirmou que irá entrar com suspensão do inquérito no STF até que sejam verificados os diálogos registrados e criticou o delator Joesley Batista.

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