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Estudo revela que taxa de homicídios no Brasil é 18,3% superior aos números oficiais

Cerca de 8.600 homicídios são classificados como "mortes violentas com causa indeterminada"

Brasil|Do R7

Cerca de 8.600 homicídios são classificados de maneira equivocada como "mortes violentas com causa indeterminada" todos os anos no Brasil.

Pesquisa revela que a taxa de homicídios no Brasil é, na verdade, 18,3% superior aos números presentes nos registros oficiais. Estima-se que, em 2010, o País tenha superado a marca anual de 60 mil óbitos por agressão.

Os dados estão presentes no Mapa dos Homicídios Ocultos, de autoria de Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O trabalho estima o número de homicídios não reconhecidos em cada Estado a partir de mortes violentas classificadas como “causa indeterminada”.


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A pesquisa reconhece que o SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) é um "patrimônio nacional que deve ser preservado, por ser a única fonte de informação confiável, com cobertura nacional, periódica e transparente, que permite a aferição dos eventos violentos com desfechos fatais".


Com base no SIM, foram analisadas as características socioeconômicas e situacionais associadas às quase 1,9 milhões de mortes violentas ocorridas no País entre 1996 e 2010.

De acordo com a pesquisa, o Estado não foi capaz de identificar, no período, a causa do óbito em 9,2% dos casos, número que corresponde a 174 mil vítimas. 74% dessas mortes não identificadas se tratavam de homicídios.


Estados como Rio Grande do Norte e Sergipe, cujos registros oficiais mostram um aumento de homicídios no período de 176,6% e 127,7%, respectivamente, tiveram, na realidade uma melhora nos registros.

Por isso, nas estimativas do mapa, o tal crescimento foi de apenas 40,1% e 4,5%. Por outro lado, alguns Estados apresentaram aumento das mortes violentas cuja intenção não foi determinada. O fenômeno pôde ser observado, por exemplo, em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Roraima, Minas Gerais.

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