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Ex-deputado e atual prefeito de Jandaia do Sul (PR) pega dois anos por corrupção

Segundo Ministério Público, José Borba recebeu R$ 2,1 mi do PT

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

O ex-deputado federal pelo PMDB na época do mensalão e atual prefeito da cidade de Jandaia do Sul (PR), José Borba, foi condenado, nesta segunda-feira (26), a dois anos e seis meses de prisão pelo crime de corrupção passiva no processo. Segundo o Ministério Público, recebeu R$ 2,1 milhões do PT.

O STF (Supremo Tribunal Federal) julgou procedente a acusação e considerou José Borba culpado pelo crime. Durante a leitura de seu voto, o presidente do Supremo e relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, reafirmou seu entendimento de que o dinheiro era referente à propina para compra de apoio político na Câmara dos Deputados.

— José Borba entregou seu mandato parlamentar em troca de elevadas somas em espécie. A corrupção de um parlamentar em troca de seu voto tem como consequência gravíssima a violência à democracia.

Joaquim Barbosa votou por uma pena maior, de três anos e seis meses de prisão, mas somente foi acompanhado pelos ministros Luiz Fux e Marco Aurélio. A maioria do plenário votou junto com o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, que propôs a pena menor de dois anos e seis meses de cadeia.


Pena restritiva de direito

Como a pena definida pelo plenário foi inferior a quatro anos, o Código Penal permite que a punição seja convertida em uma pena restritiva de direitos, substituindo a prisão.


O decano do STF, ministro Celso de Mello, apoia a conversão e defende que o tempo de cadeia seja substituído pela intervenção temporária de direito e a limitação de fim de semana, obriga o condenado a permanecer, aos sábados e domingos, em casa de albergado ou em outro estabelecimento adequado, por cinco horas diárias. Durante esse tempo, ele pode ter de assistir cursos e palestras educativas.

— A pena de limitação de fim de semana é uma forma do condenado, embora não privado da liberdade, sentir o peso da punição pela conduta.


Também foi debatida a possibilidade do tempo de prisão ser substituída pela prestação de serviços à comunidade, mas Celso de Mello não concorda.

— Prestação de serviços a comunidade se tornou uma ação banalizada.

Os ministros ainda não baterem o martelo sobre qual medida será adotada. José Borba somente foi considerado culpado pelo crime de corrupção passiva.

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