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Ex-ministro de Temer e Cunha formaram quadrilha na Caixa, diz MPF

Geddel Vieira Lima, ex-deputado e outras cinco pessoas foram alvo de operação da PF

Brasil|Do R7, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Executivos e ex-executivos da Caixa na mira da polícia
Executivos e ex-executivos da Caixa na mira da polícia Executivos e ex-executivos da Caixa na mira da polícia

Na representação que encaminhou à Justiça, o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes classifica o ex-ministro de Temer Geddel Vieira Lima como sendo membro de uma quadrilha que autou dentro de Caixa Econômica Federal. No grupo apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) estavam presentes também o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); o ex-vice-presidente de fundos de governo e loterias do banco, Fábio Cleto; o doleiro Lúcio Funaro; o presidente do conselho da Mafrig, Marcos Antonio Molina dos Santos; vice-presidente de varejo e atendimento da Caixa; e o vice-presidente de ativos da instituição Marcos Roberto Vasconcelos.

O grupo foi alvo da operação Cui Bono, nesta sexta-feira (13). Foram cumpridos sete mandados de buscas e apreensões na Bahia, Paraná, São Paulo e também no Distrito Federal.

“Os indícios apontam para a corrupção passiva de Geddel Quadros Vieira Lima, posto que, valendo-se seu cargo de vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal [2011-2013], agia internamente, de forma orquestrada, para beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua área de alçada e fornecia informações privilegiadas para os outros membros da quadrilha que integrava, composta, ainda, por Eduardo Consentino da Cunha, Fábio Ferreira Cleto e Lúcio Bolonha Funaro, para que, com isso pudessem obter vantagens indevidas junto às empresas beneficiárias dos créditos liberados pela instituição financeira, como a BR Vias, Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A, Marfig S.A, J&F Investimentos S.A, Grupo Bertin, JBS S.A, entre outras”, diz um trecho da representação.

“Conforme relatado pela autoridade policial em sua representação, reportando-se aos relatórios de análise policial constantes dos autos verificou-se que Fábio Cleto (réu colaborador neste Juízo Federal em processo penal movido também contra Lúcio Funaro, Eduardo Cunha, Alexandre Margoto E Henrique Eduardo Alves) utilizava-se do comando da vice-presidência de Fundos De Governo da CEF para a aquisição de debêntures emitidas pelas empresas que negociavam ilicitamente com Eduardo Cunha ou Lúcio Bolonha Funaro. Verificou-se, ainda, que Eduardo Cunha intermediava na vice-presidência de pessoa jurídica da CEF, que era dirigida por Geddel Vieira Lima, a liberação de empréstimos às empresas que, assim como na vice-presidência de fundos de governo e loterias, estivessem dispostas a realizar negociações ilícitas”, escreveu o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a ação policial.

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Os mandados foram cumpridos em dois endereços de Geddel, em Salvador e em Camaçari (BA); na casa de Marcos Roberto Vasconcelos, em Maringá (PR); na casa de José Henriques Marques Cruz, em Brasília; na casa de Marcos Antônio Molina dos Santos, em São Paulo; e na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília.

Em nota, a Caixa informou que o banco está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com as investigações, procedimento que continuará sendo adotado pela instituição.

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Procurado, o grupo J&F declarou, em nota, que a JBS "não foi alvo da operação Cui Bono realizada hoje pela Polícia Federal e não foi notificada sobre a decisão judicial referente à essa operação. A empresa pauta suas relações na ética e profissionalismo e tem convicção da regularidade das suas práticas. A Companhia ressalta ainda que sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade."

A Marfrig deverá se posicionar nas próximas horas. As demais empresas citadas não foram localizadas para comentar o caso. 

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