Ex-presidente do PP é condenado a nove anos de prisão no processo do mensalão
Pedro Corrêa é culpado por quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, foi condenado nesta segunda-feira (26) a nove anos e cinco meses de prisão, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Corrêa era deputado federal na época do escândalo do mensalão e teve o mandato cassado em março de 2006, depois de ser acusado de participar do esquema. O ex-parlamentar ainda não recuperou os direitos políticos.
A soma provisória das penas de Corrêa determina que o condenado comece a cumprir a punição em regime fechado.
O MPF (Ministério Público Federal) acusa Pedro Corrêa de ter autorizado um ex-assessor do partido, João Cláudio Genu, a sacar R$ 700 mil reais das contas do publicitário Marcos Valério, considerado o operador do mensalão.
O plenário definiu uma pena de dois anos e três meses de prisão para o crime de formação de quadrilha.
Por corrupção passiva, Corrêa pegou dois anos e seis meses de prisão, mais pagamento de 190 dias multa, cada um equivalente a dez salários mínimos, no valor que estava vigente na época do crime.
Por fim, os ministros fixaram quatro anos e oito meses de cadeia pelas 15 operações de lavagem de dinheiro, além de 260 dias multa.
Para este crime, Barbosa votou por uma pena maior, de seis anos, nove meses e 20 dias de cadeia. Ele considerou como agravante, o fato de Pedro Corrêa ter determinado que um subordinado cometesse um crime, uma vez que ordenou práticas ilegais. No entanto, a maioria do plenário seguiu a divergência da ministra Rosa Weber, que votou por uma pena mais branda, sem considerar o agravante.