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Fed eleva juros dos EUA diante de melhora da confiança sobre emprego e inflação

Brasil|Do R7

Por Howard Schneider e Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve elevou a taxa de juros dos Estados Unidos pela segunda vez em três meses nesta quarta-feira, movimento impulsionado pelo crescimento econômico estável, ganhos de emprego fortes e confiança de que a inflação está subindo para o alvo do banco central norte-americano.

A decisão de elevar a meta de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 0,75 e 1 por cento, marca uma das decisões mais convincentes do Fed até agora no esforço de retornar a política monetária para uma posição mais normal.

A chair do Fed, Janet Yellen, apontou a crescente confiança na trajetória da economia.


"Vimos o progresso da economia nos últimos meses, exatamente como esperávamos", disse Yellen em uma coletiva de imprensa após o término da reunião de política monetária de dois dias. "Nós temos confiança no caminho da economia."

O Fed também indicou na sua perspectiva dois aumentos de taxas de juros este ano e mais três em 2018.


Em dezembro, o Fed também havia elevado os juros em 0,25 ponto.

Os mercados acionários ampliaram os ganhos e os rendimentos dos Treasuries caíram diante do cenário econômico benigno e a trajetória estável contínua dos aumentos dos juros sinalizada pelo Fed. O dólar estava sendo negociado em queda ante uma cesta das moedas correntes.


Os integrantes do Fed observaram que a inflação estava agora "próxima" da meta de 2 por cento do banco central norte-americano e que o investimento das empresas "se firmou um pouco" após meses de fraqueza.

Entretanto, não sinalizaram qualquer plano de acelerar o ritmo do aperto monetário, com o comitê de política monetária reiterando e Yellen enfatizando que futuros aumentos de juros seriam "graduais". No ritmo atual, as taxas não retornariam a um nível neutro até o fim de 2019.

Em vez disso, o comunicado do Fed informou que a meta de inflação era "simétrica", indicando que, após uma década de inflação abaixo da meta, poderia tolerar um ritmo mais rápido no avanço de preços.

"Alivia alguns dos temores que tínhamos de que talvez o Fed iria elevar os juros mais rápido no futuro. Eles escolheram não sinalizar isso", disse o chefe de investimentos do Commonwealth Financial Brad McMillan.

As projeções do Fed mostram expectativa de que a economia crescerá 2,1 por cento em 2017, previsão inalterada sobre dezembro. A mediana para os juros no longo prazo, onde se julgaria que a política monetária tem efeito neutro sobre a economia, permaneceu em 3 por cento.

A taxa de desemprego que as autoridades do Fed esperam até o fim do ano continuou em 4,5 por cento, enquanto o núcleo da inflação foi estimado em 1,9 por cento sobre 1,8 por cento antes.

O aumento dos juros acontece em meio a uma melhora generalizada no cenário econômico mundial e uma noção entre as autoridades do banco central de que a economia dos EUA está perto das metas de emprego e inflação.

O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, foi o único dissidente na decisão desta quarta-feira, dizendo que preferia manter os juros.

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